A Federação formada pelo PSOL-Rede Sustentabilidade resistiu à pressão do PT e manteve candidato próprio ao Governo de Mato Grosso do Sul. Com a desistência da professora douradense Luhhara Arguelho, o PSOL decidiu lançar como candidato a governador o bacharel em Direito e líder sem-terra Adonis Marcos de Souza, 38 anos, que seria candidato a senador e vai ser o mais jovem na disputa da sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
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O candidato a senador será o professor Sidney Melo (PSOL), que foi candidato a governador em 2010 e candidato a prefeito de Campo Grande. Ex-presidente da UCE (União Campo-Grandense dos Estudantes), ele ainda vai definir os suplentes. A candidata a vice-governadora será uma representante da comunidade indígena de Dourados.
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Natural de Cascavel (PR), Adonis se formou em Direito na Uniderp Anhanguera e trabalha como autônomo na construção civil. Ele é presidente da UNA (União Nacional Agrária), que conta com aproximadamente 10 mil famílias em 15 estados. Em Mato Grosso do Sul, a entidade conta com 6 mil a 7 mil famílias sem-terra distribuídas em quatro entidades – Ligas Camponesas e Urbanas do Brasil, MSTB, MAF (Movimento Sul-mato-grossense da Agricultura Familiar) e OLT (Organização e Luta pela Terra).
Filiado ao PSOL em fevereiro deste ano, Adonis Marcos foi filiado ao PTC, PTB e PDT. Ele chegou a ser assessor do deputado federal Dagoberto Nogueira, que trocou o PDT após três décadas pelo PSDB na janela partidária aberta em março deste ano. Ele já foi candidato a vereador e deputado estadual.
O candidato afirmou que a sua prioridade será cuidar das pessoas. “A política precisa de visão humana”, frisou, ao destacar que não adianta comemorar crescimento econômico enquanto a população fica mais pobre. “O político é o médico da sociedade”, propõe.
Uma das prioridades de Adonis será a saúde, principalmente, o gargalo na realização de exames médicos. “Existe uma fila enorme (de pessoas aguardando) exames e pequenas cirurgias”, afirma. Adonis também defende a retomada e a conclusão da fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas, que está parada a espera de um comprador.
Apesar de não apoiar a candidata do PT, a advogada Giselle Marques, o socialista vai subir no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em MS. Ele diz que não quer repetir a polarização do petista com o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado, mas vai fazer campanha para o petista.
Com a definição do PSOL e do PT, a disputa do Governo conta com o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), da deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e do ex-governador André Puccinelli (MDB).