Detalhamento da pesquisa do Instituto Ranking Brasil mostra que o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera com folga entre os homens, mais ricos, jovens e eleitores com nível superior. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fica na frente entre as mulheres, adultos de 25 a 44 anos, mais pobres e eleitores com até o nível fundamental.
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Outra constatação é que os eleitores com nível superior e as mulheres são os mais indecisos e propensos a votar em branco ou nulo nas eleições deste ano. Apesar do apelo de que mulher vota em mulher, a senadora Simone Tebet (MDB) obtém percentual maior entre os eleitores do sexo masculino.
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A disputa entre Lula e Bolsonaro está mais equilibrada em Campo Grande, onde a vantagem do presidente é de apenas 0,81 ponto percentual. Já no interior, a diferença a favor do capitão é de 2,33 pontos percentuais. No geral, Bolsonaro tem 37,1% contra 35,40% de Lula, 3,70% de Simone, 3% de Ciro Gomes (PDT), 0,40% de Luciano Bivar (União Brasil) e 0,30% de André Janones (Avante).
Realizada com 3 mil eleitores em 30 cidades de 27 de junho a 2 de julho deste ano, a pesquisa do Ranking tem margem de erro de 1,8% para mais ou menos e nível de confiança de 95%. Na Justiça Eleitoral, a sondagem foi registrada com os números MS-02344/2022 e BR-05621/2022.
A situação é de empate técnico no Estado. De acordo com o Ranking, na Capital, Bolsonaro tem 35,67% contra 34,86% de Lula e 4,11% de Simone. Já no interior do Estado, o presidente tem 38,11%, enquanto o petista fica com 35,78% e a emedebista com 3,41%.
A maior parte das mulheres optou por Lula no Estado. Ele tem vantagem de 6,83% entre elas. Entre as eleitoras, o ex-presidente tem 35,67%, contra 28,84% de Bolsonaro, 3,67% de Simone e 3,10% de Ciro. Já entre os homens, a vantagem do atual presidente é de 11,2 pontos. Bolsonaro fica com 46,3% entre eles, contra 35,10% de Lula e 3,74% de Simone.
Na contramão do País, Bolsonaro lidera com folga entre os eleitores jovens, de 16 a 24 anos. Conforme o Ranking, o presidente tem 40,09%, contra 29,84% de Lula e 3,50% de Simone. No grupo adulto, de 25 a 44 anos, o petista está na frente. De acordo com a pesquisa, o ex-presidente tem 37,96% contra 36,36% de Bolsonaro na faixa etária de 25 a 34 ano. Já no grupo de 35 a 44 anos, Lula tem 38,19% contra 36,57% do presidente.
Bolsonaro reassume a liderança na faixa de 45 a 59 anos, com 37,11%contra 35,09% do petista. Entre os idosos, com mais de 60 anos, o presidente obtém 36,24% contra 34,19% do petista.
No quesito escolaridade, Lula lidera entre os analfabetos (40,21% a 29,90%) e entre os eleitores com o ensino fundamental (39,38% a 36,52%). Já Bolsonaro fica na frente no grupo com nível médio (37,96% a 35,11%) e com nível superior (39,72% a 27,88%). Ciro obtém o maior índice entre os analfabetos, 4,47%, enquanto Simone na turma do primário, com 4,03%.
A guerra de classes se repete no detalhamento da pesquisa por renda. O ex-presidente Lula lidera com folga entre os mais pobres, atingindo 41,58% no grupo com até um salário mínimo de renda (contra 36,08% de Bolsonaro) e de um a dois salários, com 40%, contra 34,27% do atual presidente.
No grupo de dois a cinco salários mínimos, os dois empatam, com Bolsonaro com 36,93% e Lula com 34,16%. Já na turma de cinco a 10 salários, o presidente tem 39,17% contra 29,93% do petista. Já entre os ricos, com mais de 10 salários, Bolsonaro abre vantagem de 26 pontos, com 46,67% a 20% de lula. Neste último grupo, 29,05% estão indecisos ou pretendem votar em branco e nulo.
Os mais decididos são os eleitores do sexo masculino, com apenas 11,56% indecisos ou podendo votar nulo ou branco. Entre as mulheres, esse índice chega a 27,7%.
Os números mostram que os grupos mais afetados pela crise econômica, como inflação alta, alimentos caros, preferem o petista. As denúncias envolvendo os filhos e integrantes do Governo Bolsonaro não prejudicam o presidente entre os eleitores mais abastados e informados.
Para reverter os números, Bolsonaro aposta no aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, na esperança de conquistar os pobres, e na isenção dos tributos federais sobre os combustíveis até o fim deste ano, para driblar o mau humor da classe média. O curioso é que Lula lidera com ampla vantagem entre os jovens no Brasil, enquanto Bolsonaro é o querido a juventude sul-mato-grossense.