A três meses das eleições e com apenas 1% na pesquisa do Datafolha, a senadora Simone Tebet (MDB) não conseguiu definir o candidato a vice-presidente. O PSDB exige o apoio do MDB ao ex-governador Eduardo Leite, que decidiu disputar a reeleição, mas os emedebistas gaúchos se rebelaram contra a direção nacional e mantiveram candidatura própria com o deputado estadual Gabriel Souza.
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Sem acordo, os tucanos mantêm suspensa a indicação do senador Tasso Jereissati (PSDB) para vice de Simone. A senadora ainda não viaja com o seu vice a tiracolo na campanha eleitoral. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já anunciou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), como vice, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou o general Walter Braga Neto.
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O impasse com o PSDB enfraquece ainda mais Simone. Nesta semana, uma pesquisa eleitoral colocou a senadora com 3%, mas longe dos principais candidatos. Lula segue com chance de vencer no primeiro turno. E se tiver segundo turno, o favorito para enfrentar o petista é Bolsonaro.
O presidente ainda aposta na PEC Eleitoral, aprovada na semana passada no Senado com o voto de Simone. Para tentar obter o voto dos caminhoneiros, que descartam greve apesar do óleo diesel estar mais caro do que a gasolina, o Governo aprovou um vale de R$ 1 mil até o fim deste ano. O valor do Auxílio Brasil também vai subir de R$ 400 para R$ 600. O objetivo de Bolsonaro é conquistar os mais pobres, mesmo com um pacote eleitoreiro.
Na esperança de manter o apoio do PSDB a Simone, o diretório nacional do MDB se reuniu e aprovou indicativo de apoio a Leite ao Governo do Rio Grande do Sul. No dia seguinte, os gaúchos se reuniram e reafirmaram a candidatura a governador de Souza. Eles enfatizaram que o MDB ganhou quatro das últimas 10 eleições e vai manter a tradição de ter candidato próprio.
Neste sábado, Simone participa das comemorações da Independência da Bahia em Salvador. Durante o cortejo, ela se encontrou com o presidenciável Ciro Gomes (PDT), de quem corteja o apoio.
“Estou na Bahia, muito bem assistida e representada pelo Cidanina, MDB e PSDB e sendo muito bem acolhida pelo povo baiano. Isso mostra o que as pesquisas me indicam – que sou a pré-candidata menos conhecida, mas menos rejeitada. Uma conversa comigo faz com que a pessoa repense seu voto. Hoje é o início da minha pré-candidatura”, afirmou a senadora, repetindo um discurso feito desde dezembro. Até a semana passada, ela continuava com 1% no Datafolha.
“Estamos defendendo a nossa democracia. Agora, o próximo passo é garantir igualdade e oportunidade para todos os brasileiros. É para isso que se propõe a minha candidatura”, afirmou, ao encontrar Ciro.
Simone está no Nordeste, justamente onde não conta com o apoio do MDB. Na Bahia, o partido apoia o candidato do PT ao Governo, Jeronymo Rodrigues, e confirmou aliança com Lula.