O presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu reduzir o lucro da Petrobras, o maior no mundo, e a estatal anunciou novo reajuste nos preços dos combustíveis. A partir deste sábado (18), o óleo diesel terá aumento de 14,26% – alta de R$ 0,70 por litro – e a gasolina sobe 5,18% – acréscimo de R$ 0,20. Com a remarcação dos preços, o litro da gasolina deve superar R$ 8 no interior do Estado, enquanto o diesel vai passar de R$ 7,50 para testar a fidelidade dos caminhoneiros.
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O conselho da estatal aprovou o novo aumento apesar da pressão do Governo para esperar, pelo menos, as eleições para evitar mais desgaste para o presidente. O novo aumento vai anular a redução na alíquota do ICMS, de 30% para 17% sobre a gasolina em Mato Grosso do Sul, aprovada nesta semana pelo Congresso Nacional.
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Conforme nota da Petrobras, o diesel vai passar de R$ 4,91 para R$ 5,61 na refinaria. Nas bombas, conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço médio é de R$ 6,74 em Mato Grosso do Sul. O valor pode chegar a R$ 7,70. O maior valor praticado no mercado pode chegar a R$ 8,45.
A gasolina passa de R$ 3,86 para R$ 4,06 na refinaria. No Estado, o valor médio deve passar de R$ 7,02 para R$ 7,38, com base na pesquisa do órgão federal. Na Capital, a concorrência acirrada reduziu o preço do combustível nesta semana em 20 centavos. Alguns postos baixaram o custo do litro para R$ 6,79. Se o aumento for em cima deste valor, o menor custo será de R$ 7,14. Já se for em cima do valor sem promoção, a gasolina pode custar a partir de R$ 7,45.
Desde dezembro de 2020, o preço do diesel na refinaria acumula aumento de 177% – estava em R$ 2,02. O litro da gasolina teve alta de 109,7% no mesmo período.
O aumento pode ser reflexo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas a Petrobras tem aproveitado o conflito para lucrar horrores mediante sacrifício imposto aos brasileiros. Conforme o Uol, a margem de lucro da estatal é de 31,6% neste ano, enquanto a PetroChina teve ganho de 5,6%. A Shell, símbolo do capitalismo, tem margem e lucro de 8,8%.
Bolsonaro tem protestado contra a política de preços, mas não sinaliza que mudará a paridade de preços com o mercado internacional. A esperança do presidente é que o novo dirigente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, que deve assumir em julho, freie os aumentos ao consumidor. Ele será o 4º indicado por Bolsonaro para comandar a Petrobras desde 2019.