Na surdina e sem qualquer anuncio de novo reajuste pela Petrobras, os postos de combustíveis de Campo Grande promoveram aumento no preço da gasolina. O litro do produto teve acréscimo médio de R$ 0,10 e pode ser encontrado até por R$ 7,20 no valor à vista em Campo Grande.
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O reajuste no combustível ocorre após outro reajuste inesperado e sem anúncio nos meios de comunicação: o etanol teve aumento e o litro chegou a ter acréscimo de até R$ 0,50 em alguns postos de Mato Grosso do Sul. Em média, de acordo com o Sinpetro (Sindicato dos Revendedores dos Derivados do Petróleo), o aumento teria sido de R$ 0,30.
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Agora o consumidor foi surpreendido pelo aumento no preço da gasolina. Alguns postos elevaram o produto entre R$ 0,10 e R$ 0,20, com o litro do combustível voltando a superar a barreira dos R$ 7. Nos postos ao longo das avenidas Bandeirantes, Marechal Deodoro e Gunter Hans, a gasolina está custando entre R$ 7,04 e R$ 7,09 à vista. À prazo ou no cartão de crédito, o consumidor pode pagar até R$ 7,29.
De acordo com pesquisa realizada pelo site Midiamax, o litro da gasolina comum à vista passou a oscilar entre R$ 6,84, nos postos onde há promoção e só é aceito pagamento em dinheiro ou débito, como o Atem (Avenida Mato Grosso), Proteko (Avenida Júlio de Castilho), de R$ 6,86 no Acácia (Rua 26 de Agosto) e de R$ 6,87 no Autoposto 2017 (Avenida Calógeras).
O maior preço à vista é praticado pelo Posto Tereré, na Avenida Afonso Pena, onde o litro da gasolina já custa R$ 7,20. Na região central, os preços oscilam entre R$ 6,97 e R$ 6,999.
De acordo com Edson Lazarotto, diretor do Sinpetro, o aumento é reflexo da alta no preço do etanol. O produto representa 27% da composição da gasolina. Também houve impacto do aumento do custo com a importação.
Desta vez, o aumento no preço da gasolina não tem a ver com a Petrobras, que manteve a política de preços de paridade com o mercado internacional. O presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou o presidente com a esperança da estatal segurar o preço para evitar maior desgaste eleitoral.
A alíquota do ICMS também continua a mesma, de 30%, desde o início de 2020, quando o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) promoveu o aumento de 20% no tributo. Antes da gestão do PSDB, a alíquota era de 25%.
O etanol subiu por causa do atraso na colheita da cana-de-açúcar, que atrasou a moagem das usinas. Com o atraso na safra e a gasolina mais cara, os donos de veículos flex optaram pelo etanol, mas houve risco de falta do produto no mercado nacional devido à grande demanda.