O advogado, professor universitário, empresário e pecuarista Humberto Sávio Abussafi Figueiró, mais conhecido como Beto Figueiró, 54 anos, será o candidato a vice na chapa liderada pelo deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB). O parlamentar é o primeiro a definir a chapa completa na disputa do cargo de governador de Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano. Ambos querem representar a direita e vão tentar colocar na popularidade de Jair Bolsonaro (PL).
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Só que a dupla vai ter um problema, dividir junto ao eleitorado sul-mato-grossense, o apoio do presidente da República com o candidato a governador do PSDB, Eduardo Riedel. O ex-secretário estadual de Infraestrutura vem promovendo uma campanha de marketing para colar em Bolsonaro e não no candidato do seu partido, o ex-governador de São Paulo, João Doria.
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Fiel ao presidente desde a campanha eleitoral de 2018, Capitão Contar não só manteve a fidelidade nos momentos mais críticos, inclusive quando Bolsonaro foi criticado por condenar as medidas de combate à pandemia, como realizou motociatas e carreatas de apoio ao chefe do Poder Executivo.
O candidato a vice-governador é advogado e foi candidato a senador nas eleições de 2018 pelo Podemos. Beto Figueiró fez dobradinha com o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, que trocou o PDT pelo PSD. Ele declarou à Justiça Eleitoral, há quatro anos, um patrimônio de R$ 2,5 milhões. O maior patrimônio é uma imobiliária em Campo Grande.
No entanto, Figueiró acabou não tendo os votos computados porque o Podemos inscreveu a candidatura ao Senado fora do prazo eleitoral.
“Hoje é um momento histórico. Nós trazemos aqui uma boa nova. Essa boa nova representa que dá sim para fazer da política um instrumento do bem comum. O que nós mostramos aqui é que existem bravos, pessoas de bem, pessoas preocupadas com os destinos de nosso estado, nossa nação. Pessoas que querem dar apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Capitão Contar”, afirmou, em evento do PRTB na última quinta-feira (21).
“O enfrentamento que o Capitão Contar fez em três anos de Assembleia Legislativa, sem se deixar contaminar ou corromper com o mando de uma organização que é tudo, menos política. A sua isenção e independência foi o que me motivou a fazer inúmeros convites para que ele viesse para o PRTB, ocupar seu lugar legítimo como o representante da direita no estado”, explicou o pré-candidato a vice, sobre a escolha do deputado para disputar a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
Apesar de não receber o reciprocidade, Contar já anunciou que deverá apoiar a candidatura da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), nova integrante do Centrão, para o Senado. Ela já anunciou que vai apoiar Riedel para o Governo e planeja levar Bolsonaro para o palanque do tucano.
Nenhum dos demais candidatos ainda definiu o companheiro de chapa. O ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), chegou a anunciar o presidente da Cassems, Ricardo Ayache. No entanto, o presidente regional do PSB agradeceu o convite e não deverá disputar as eleições deste ano.
Além de Marquinhos, o ex-governador André Puccinelli (MDB), Eduardo Riedel, a advogada Giselle Marques (PT) e a deputada federal Rose Modesto (União Brasil) ainda procuram um candidato a vice-governador.
Em quatro décadas, desde a criação de Mato Grosso do Sul, o vice-governador acabou sendo, na maior parte das ocasiões de Dourados. Esse papel coube a George Takimoto, vice de Marcelo Miranda (1987-90), Braz Melo, na gestão de Wilson Martins (1995-98), de Egon Krackeke, na gestão de Zeca do PT (2003-06), e Murilo Zauith, nos mandatos de André Puccinelli (2007-2010) e Reinaldo Azambuja (2019-2022).
Algumas exceções ocorreram com Ary Rigo, de Pedrossian (1991-94), Simone Tebet, de Puccinelli, e de Moacir Kohl, de Zeca (1999-2001), e Rose Modesto, de Reinaldo (2015-2018).
Nas articulações, os candidatos com chance vão considerar um vice que complemente o titular, considerando-se a religião, o domicílio e a representatividade na sociedade.