A presidenciável Simone Tebet (MDB) aposta em Michel Temer (MDB), o presidente mais impopular da história do Brasil, para alavancar nas pesquisas eleitorais, onde tem oscilando entre 0,8% e 2%. Ela só aceitará ser cabeça de chapa da terceira via, na articulação que envolve o PSDB, o Cidadania e o União Brasil, e descartou ser candidata a vice-presidente da República.
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As declarações foram feitas nesta segunda-feira (18) durante a sabatina realizada pelo jornal Folha de São Paulo e pelo Uol. Na entrevista, a emedebista agiu como todo político brasileiro, defendeu seu ponto de vista e ignorou a realidade.
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Em maio de 2018, Simone defendeu que o MDB não lançasse candidato próprio à presidência da República quem tivesse apenas 1% nas pesquisas. Na época, o candidato foi o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que acabou ficando com 1,8% naquele ano.
Agora, caciques do MDB batem na mesma tecla, de que o partido não mantenha a candidatura da sul-mato-grossense caso ela continue na faixa de 1%. De acordo com Simone, agora é diferente, porque ela não é candidata de si mesma, mas teria sido convocada pelos integrantes do MDB para disputar a presidência da República.
Simone confirmou que conta com o conselho político de Michel Temer, que chegou a ser considerado o presidente mais impopular da história. Em junho de 2018, conforme o Datafolha, o então presidente era considerado ruim ou péssimo por 82% dos brasileiros e só bem avaliado por 3%.
Temer concluiu o mandato sendo reprovado por 62% dos brasileiros e classificado como bom ou ótimo por 7%. Para Simone, repetindo um discurso batido do ex-presidente Fernando Collor de Mello, a história e o tempo provarão que Temer foi um bom presidente. “A história vai reconhecer e recuperar a verdade”, torce a emedebista.
Conforme Simone, Temer pegou o Governo com a inflação em 10% e entregou com o custo de vida em 2,9%. De acordo com o IPCA, do IBGE, o emedebista concluiu o mandato com a inflação oficial em 3,75%.
Apesar de se mostrar disposta a um acordo com o PSDB, União Brasil e Cidadania para buscar um nome de consenso para disputar a presidência e romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), Simone deixou claro que só aceitará se for cabeça de chapa.
“Vou defender até o último dia a importância do centro democrático ir ao segundo turno e ganhar as eleições, mas se eu não pontuar a ponto de ser cabeça de chapa, eu não vou ajudar sendo vice. Eu abro mão para que outros possam ser e eu vou estar neste palanque como cabo eleitoral”, afirmou.
“A única coisa que eu tenho dito é que eu não sou candidata à vice-presidente da República”, afirmou a senadora. Ela já tinha deixado claro que se for para ser candidata a vice, a opção será disputar a reeleição por Mato Grosso do Sul.
Em outro ponto da sabatina, Simone disse que busca um nome que seja opção aos dois rejeitados. No entanto, ela faz parte do grupo que inclui João Doria (PSDB), o presidenciável com o maior índice de rejeição.
Durante a sabatina, Simone também defendeu a recriação do Ministério do Planejamento e criticou a gestão de Bolsonaro no combate à pandemia.