O procurador de Justiça Sérgio Harfouche (Avante) se desincompatibilizou do Ministério Público Estadual para ser candidato nas eleições deste ano e repetiu a tática que causou polêmica na Justiça Eleitoral. Ele deve disputar o Senado pela 2ª vez e vai apoiar a candidatura a governadora da deputada federal Rose Modesto (União Brasil).
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Ele deverá repetir a polêmica das últimas eleições – integrante do MPE pode ser candidato sem deixar a função ou deve seguir as regras previstas para magistrados, só entrar na disputa após se desligar completamente do cargo.
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Em 2020, pelo placar de 5 a 1, o Tribunal Regional Eleitoral indeferiu a candidatura de Harfouche a prefeito da Capital sob o argumento de que deveria renunciar à carreira ou se aposentar. Com a decisão, os 47 mil votos, que lhe asseguraram a segunda colocação na disputa municipal foram considerados nulos.
O presidente do Avante, Lúcio Soares, faz questão de acrescentar que os votos não fora anulados porque não houve o julgamento do recurso. Na época, como Marquinhos Trad (PSD) foi reeleito no primeiro turno, o TRE apontou a perda do objeto e não julgou o recurso contra a anulação dos votos. Ele frisa que se tivesse segundo turno, os votos não seriam nulos.
Por outro lado, pelo placar de sete a zero, o TRE acatou a tese de Harfouche e aprovou a sua candidatura ao Senado em 2018. Na época, ele ficou em primeiro lugar em Campo Grande (163 mil votos), mas acabou em 6º lugar no placar geral.
A esperança do procurador de Justiça é de que neste ano, a Justiça Eleitoral repita o entendimento de 2018 e não o julgamento de dois anos atrás. Em último, conforme Soares, o procurador de Justiça poderá se aposentar da função e acabar com qualquer questionamento sobre a sua elegibilidade.
Harfouche cogita ser candidato a senador na chapa de Rose Modesto, que já conta com o apoio do Podemos e do vice-governador Murilo Zauith (União Brasil). Ele deverá enfrentar o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD), a candidata do Centrão e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), e um nome do PT, que está dividido entre os advogados Giselle Marques e Tiago Botelho.