Bronca de um dos principais líderes do PSDB, Carlos Alberto Assis, em grupo de aplicativo mostra que a candidatura do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), não empolga nem os tucanos em Mato Grosso do Sul. Reinaldo Azambuja (PSDB) aposta no candidato de perfil técnico para fazer o sucessor e fechar o mandato com chave de ouro.
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Mesmo com a cobertura ostensiva dos principais meios de comunicação e até de ter ocupado espaço privilegiado na administração estadual, Riedel ainda não empolgou o eleitorado. Ele até parece com um dígito em pesquisa divulgada recentemente, que acabou conseguindo impugnar na Justiça Eleitoral.
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Contudo, o candidato tucano não conseguiu, até o momento, empolgar nem os integrantes do ninho. A falta de engajamento ficou visível com a bronca de Carlos Alberto Assis, presidente da Agepan (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos), no grupo de WhatsApp “TamoJunto”.
“Boa noite pessoal!!!! Poucos aderiram à nossa campanha de despedida do Eduardo Riedel, deste jeito fica difícil dizer q o Tamojunto é um grupo forte e unido, agradeço aos que postaram e vamos ver quem está na campanha, abcs (sic)”, queixou-se Assis.
Um dos principais articuladores do PSDB na Capital, ele coordena o grupo há 12 anos e teve papel decisivo em animar a militância nas campanhas de Reinaldo Azambuja, de Rose Modesto, quando disputou a prefeitura pelo PSDB, e de Marquinhos Trad (PSD) em 2020.
Em entrevista ao jornal Midiamax, Assis confirmou a bronca e lamentou o vazamento da conversa. Ele acusou o responsável por agir de má fé e sujar a imagem do grupo.
“Eu sei bem quem fez isso, já questionei e a pessoa jogou a culpa para mim. Quem fez isto quer manchar a imagem do grupo, principalmente com politicagem, sendo que o Tamojunto foi criado há 12 anos e trabalha em prol do bem social. Não é algo voltado para o Governo, os 120 membros são dedicados à causa e da mesma forma que eu cobrei, recebi a devolutiva e parabenizei os membros”, confirmou ao site.
Em off, um dos integrantes confirmou o desconhecimento do candidato, apesar dos esforços do Governo, e da rejeição de Reinaldo Azambuja entre os servidores públicos. O atual governador teve o mandato marcado por um pacote de maldades, que incluiu cinco dos oito anos sem reajuste salarial, o corte de 32% nos salários de 9 ml professores sem concurso público, aumento de 20% no ICMS sobre a gasolina e de 71% nas alíquotas do Fundersul, do ITCD e do IPVA.
Eduardo Riedel deve concorrer com o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), o ex-governador André Puccinelli (MDB), Rose Modesto (União Brasil), o deputado estadual Capitão Contar (PRTB) e Zeca do PT.
A campanha começa a ser definida com a renúncia de Marquinhos e o afastamento de Riedel. Rose vem percorrendo o Estado para reforçar a disposição de disputar o Governo. Já Zeca espera uma decisão do Superior Tribunal de Justiça para recuperar os direitos políticos.