A OMS (Organização Mundial de Saúde) vai reafirmar neste ano a necessidade de investimentos para erradicação da tuberculose. No próximo dia 24, data comemorativa ao combate à doença, a entidade também vai lançar o relatório global onde são apontados os dados sobre a incidência, combate e investimento contra a tuberculose pelos governos.
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Conforme a chamada da OMS, houve aumento de casos, precarização do atendimento e redução de recursos desde 2020, como resultado da pandemia da covid-19. Dados da OMS apontam que todos os dias a tuberculose mata 4,1 mil pessoas e faz 28 mil novos doentes. Somente no Brasil, em 2020, foram notificados 82.930 novos casos, a maioria (40%) registrada a partir de teste rápido.
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Embora seja uma doença evitável e curável, a tuberculose faz novas vítimas todos os anos. Em 2020, ao menos 1,1 milhão de novos casos foram registrados entre crianças. No Brasil, 3% dos casos registrados são de crianças e adolescentes de até 15 anos. Jovens do sexo masculino com idade superior a 15 anos representam 68% dos invefectados e meninas da mesma idade 29%. Em 80% dos casos, o doente também é HIV positivo, e desenvolve a doença porque está com o sistema imunológico enfraquecido.
Atenção aos sintomas da tuberculose
Após a contaminação, o período de incubação do bacilo de Koch (micro-organismo responsável pela tuberculose) varia de um a três meses sem que apareçam sintomas. Após esse período, as manifestações mais comum são:
- Febre persistente, muitas vezes com suores noturnos;
- Tosse crônica com muco espesso e, até, fios de sangue;
- Falta de ar;
- Dores no peito;
- Perda de peso;
- Redução do apetite;
- Dores na cabeça;
- Dor abdominal;
- Dores nas costas e nas articulações.
Diagnóstico da tuberculose depende de atenção do profissional em saúde
Diante dos sintomas e da suspeita de contaminação, o profissional de saúde pode solicitar uma série de exames para avaliar as possíveis lesões. Entre os exames mais comuns está o raio-x, que poderá avaliar o grau de comprometimento dos pulmões.
Outro exame de rotina para fechar o diagnóstico da tuberculose é a tuberculina, que permite saber se a tuberculose é primária ou latente. Esse exame pode ser repetido periodicamente para observar a reação do paciente à doença e ao tratamento. É comum, ainda, o exame de escarro, que explora a presença do bacilo nas secreções do paciente.
Integram também a rotina de exames a ressonância magnética e a tomografia de tórax. Há situações em que a tuberculose pode chegar a outros órgãos (tuberculose extrapulmonar) e, nesses casos, são realizadas coletas específicas, entre elas a biópsia.
Tratamento é fornecido e supervisionado pelo SUS
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece o tratamento e acompanhamento aos pacientes com tuberculose. Para aumentar as taxas de sucesso e a remissão da doença, é aplicado o TDO (Tratamento Diretamente Observado), quando o paciente é observado durante a ingestão dos medicamentos.
No SUS, o paciente é submetido ao tratamento com quatro medicamentos: etambutol, isoniazida, pirazinamida e rifampicina. O período do tratamento é de seis meses, no mínimo.