Apesar da queda de 0,5% no consumo de água em Campo Grande, a Águas Guariroba teve lucro recorde de R$ 227,138 milhões no ano passado, aumento de 8,7% em relação a 2020. Conforme balanço apresentado pelo grupo Aegea, o ganho da concessionária campo-grandense representou 38,7% do ganho total do grupo, que contabilizou lucro de R$ 586,7 milhões com a gestão do sistema em 154 municípios.
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Conforme o balanço de 2021, publicado nesta semana, a receita operacional da Águas teve acréscimo de 11,2%, passando de R$ 574,914 milhões para R$ 639,512 milhões. Só o faturamento com água teve acréscimo de 10,3%, oscilando de R$ 434,9 milhões para R$ 479,728 milhões.
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Já a receita apenas com a cobrança da tarifa de esgoto teve acréscimo de 14,3%, passando de R$ 202,130 milhões, em 2020, para R$ 230,786 milhões no ano passado. No período, o número de clientes conectados à rede de esgoto teve acréscimo de 3,6%, de 240.286 para 249.002. No mesmo período, as economias com água chegaram a 361.237 unidades, contra 360.261 do ano anterior.
A principal causa do aumento do faturamento foi o aumento ordinário de 4,77% na tarifa de água e esgoto aplicada em janeiro do ano passado. Também reflete o reajuste extra de 3,60%, a última das três parcelas previstas após uma guerra judicial entre a empresa e a prefeitura após o fim da tarifa mínima.
Apesar do aumento na receita, de acordo com o balanço, houve queda de 1,1% no consumo de água na Capital, que caiu de 52,343 milhões de metros cúbicos para 51,740 milhões de m³ no ano passado. Uma das causas foi a campanha de conscientização no final do ano passado por causa da longa estiagem que ameaçava o abastecimento e levou a população a reduzir a utilização da água em 4,3% no quarto trimestre de 2021 em relação a 2020, com o consumo caindo de 13,567 milhões para 12,980 milhões de m³.
Além do reajuste na tarifa, a companhia reduziu as despesas em 0,5%, de R$ 175,116 milhões para R$ 174,2 milhões. Também houve queda na inadimplência de 3,3% no último trimestre de 2020 para 2% no ano passado.
A Águas conseguiu reduzir em 26% a dívida bruta, de R$ 721,2 milhões para R$ 532,9 milhões. Também houve aumento nos investimentos, que passaram de R$ 103,5 milhões em 2020, o ano mais afetado pela pandemia da covid-19, para R$ 150,1 milhões no ano passado.
O resultado operacional foi um lucro recorde de R$ 227,138 milhões. Este valor representa quase 40% do total obtido pelo grupo Aegea, que controla a Águas, e reúne no balanço a gestão de 154 municípios.