As mulheres do PT lançaram a advogada Giselle Marques como pré-candidata a senadora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso do Sul. O lançamento ocorreu na manhã deste sábado (12) e contou com a presença do vereador Eduardo Suplicy (PT) em São Paulo, que foi senador da República por 24 anos.
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Ex-superintedente do Procon, candidata a suplente no Senado na chapa de Zeca do PT em 2018 e a presidência da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), Giselle é uma das fundadoras do movimento Juristas pela Democracia e liderou o movimento contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso do Sul. Com pós-doutorado em meio ambiente, ela é professora universitária.
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“Lula é a nossa esperança de voltarmos a ter políticas públicas de inclusão social e, em especial, um governo que atue preocupado em possibilitar o acesso das pessoas a bens e serviços, como é o caso da gasolina, cujo preço está exorbitante”, afirmou a advogada, destacando a importância de se mudar o governo. “Em relação aos alimentos, o preço do arroz e da carne são inaceitáveis. As pessoas estão comendo osso. Como senadora pretendo propor projetos de lei que melhorem a vida de cada brasileira e de cada brasileiro”, promete.
“A democracia está ameaçada no Brasil, com as constantes investidas do atual presidente contra o parlamento, o STF, e a liberdade de imprensa. Uma Senadora que dê sustentação ao governo Lula, é fundamental para que ele consiga ser eleito, consiga tomar posse e depois governar”, defende.
No discurso como pré-candidata, Giselle já se apresenta como principal adversária da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que deve trocar o União Brasil pelo Partido Progressistas para disputar o Senado com o apoio de Bolsonaro.
“Ela é conhecida internacionalmente como ‘musa do veneno’. Sou a antítese de tudo o que ela representa, pois defendo a produção sustentável, a agroecologia. O setor inteligente do agronegócio está voltado para novas técnicas de produção mais saudáveis, por saber que a destruição ambiental se reflete no desequilíbrio climático que vai causar secas, alagamentos e perda da produção”, ressaltou.
Giselle defende o desenvolvimento sustentável da agricultura e da pecuária, principalmente, para o Brasil manter a exportação dos produtos brasileiros para todos os países do mundo. O objetivo é evitar um movimento iniciado na Europa de boicotar os produtos brasileiros por causa do desmatamento e do uso de agrotóxico proibido, que pode causar doenças, como câncer. Para a advogada, é preciso pensar no mercado externo, para garantir a geração de riqueza e empregos no Brasil.
“Confio no possível apoio dos produtores rurais que buscam respeitar o meio ambiente, que não é ‘de esquerda’ e nem ‘de direita’, pois requer atuação com responsabilidade de todos nós. Tenho participado de vários movimentos ambientalistas no estado e no país, e creio que há sim eleitores que querem uma alternativa à candidatura da destruição ambiental. Pretendo ser essa alternativa com Zeca governador e Lula presidente”, afirmou.
Com a candidatura, Giselle se apresenta como opção para compor chapa com o ex-governador Zeca do PT, que ensaia disputar o Governo do Estado. Além de Giselle e de Tereza Cristina, outros nomes cotados para disputar a vaga de Simone Tebet (MDB) são o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) e do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil).