O presidente Jair Bolsonaro (PL) descartou ter a ministra da Agricultura e Pecuária como candidata a vice em sua chapa nas eleições deste ano. Em live nesta quinta-feira (10), ele confirmou que Tereza Cristina Corrêa Dias, que trocará a União Brasil pelo Progressistas, vai disputar a vaga de senadora por Mato Grosso do Sul.
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Bolsonaro também destacou que a sul-mato-grossense voltará a comandar ao Ministério da Agricultura caso seja reeleito nas eleições deste ano. “Digo a vocês, hoje a Tereza é minha deputada-ministra. No próximo mandato, será minha ministra-senadora”, revelou, surpreendendo os ruralistas ao antecipar a recondução de Tereza Cristina em eventual segundo mandato.
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Com a decisão do presidente, a vaga de primeiro suplente da deputada federal licenciada ganha importância e deverá ser disputada entre os políticos da direita. Caso o atual presidente seja reeleito, Tereza deverá se licenciar do eventual mandato de senadora e dará ao adjunto o mandato de senador da República por quatro anos.
Essa sorte de assumir a suplência sem precisar de um voto já tiveram o empresário Pedro Chaves dos Santos Filho, que nunca disputou eleição, Valter Pereira (MDB) e do dono do frigorífico Independência, Antônio Russo. O primeiro assumiu a vaga com a cassação de Delcídio do Amaral (PTB), que acabou preso na Operação Lava Jato.
Pereira assumiu a vaga deixada com a morte do senador Ramez Tebet (MDB), pai da senadora Simone Tebet (MDB). Russo assumiu a vaga de Marisa Serrano, que foi indicada para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado por André Puccinelli.
A declaração de Bolsonaro põe fim as especulações de que Tereza Cristina poderia ser vice. O atual ministro da Defesa, general Braga Neto, volta a subir nas bolsas de apostas como o favorito para ser o candidato a vice-presidente na chapa bolsonarista. Ele substituirá o general Hamilton Mourão (PRTB), que foi descartado e deve disputar uma vaga de senador pelo Rio Grande do Sul.
Tereza Cristina se filia ao Progressistas no próximo dia 20 em cerimônia que terá a participação de caciques nacionais, como o ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O deputado federal Luiz Ovando e em torno de 16 prefeitos devem se filiar ao PP na mesma cerimônia.
Briga entre o presidente do Podemos, Sérgio Murilo, e o braço direito da ministra, Marco Antônio Santullo, revelou que houve uso da máquina do Governo estadual para inchar o Progressistas. De acordo com Murilo, o secretário especial de Gestão Estratégica estaria ameaçando retirar investimentos nos municípios caso o prefeito não acompanhasse a ministra na mudança de partido.