A ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, vai trocar o União Brasil pelo Partido Progressistas no próximo dia 20 e mantém a candidatura ao Senado por Mato Grosso do Sul. Para manter a dobradinha com o candidato do PSDB, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, ela vai impor uma condição: dar palanque ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado.
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A exigência pode afastá-la do tucano no Estado e apoiar um dos cotados para ser o candidato bolsonarista em MS. De acordo com o Correio do Estado, durante evento na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso o Sul) neste domingo, a ministra deixou claro que só subirá no palanque de quem apoiar a reeleição do atual presidente. Atualmente, três nomes de propõem a defender a pauta da direita e dos conservadores.
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Dois deputados estaduais, João Henrique Catan e Capitão Contar, que vai trocar o União Brasil pelo PL, querem ser candidato a governador nas eleições deste ano. O segundo inclusive teria manifestado a intenção diretamente a Bolsonaro e até já antecipou que vai apoiar Tereza Cristina para o Senado.
O outro é o advogado Beto Figueiró (PRTB), que teve desempenho pífio na disputa do Senado na última eleição. “A gente verificou aqui a ausência de candidatos conservadores de direita”, destacou. “Entendemos que é nosso dever cívico apoiá-lo (Bolsonaro)”, afirmou.
O terceiro candidato que defende a reeleição de Bolsonaro pode ser o deputado federal Loester Trutis, que deve deixar o União Brasil para assumir o comando do PTC no Estado. Famoso por não ter papas na língua, Trutis tem tudo para se transformar na metralhadora da campanha, apesar que em evento recente da segurança pública teria sinalizado apoio a Riedel.
Para Tereza Cristina, o importante é a reeleição de Bolsonaro, cujo Governo integra desde o primeiro dia. “Para o presidente Bolsonaro temos de ter o maior número de palanques possíveis. Nada impede um maior arco de alianças. Quanto mais alianças o presidente tiver em um estado, melhor para ele”, comentou a ministra da Agricultura.
A exigência pode impor um xeque-mate nos tucanos sul-mato-grossenses. Para manter a dobradinha com a ministra, Eduardo Riedel pode ser obrigado a abandonar a candidatura do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Deixar o tucano sem palanque no Estado não seria muito difícil, porque os caciques de MS apoiaram o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias tucanas.
A sinalização da ministra também pode animar o ex-prefeito Alcides Bernal, que vem trabalhando para ser candidato a governador pelo Progressistas. Apesar que segue inelegível, o ex-deputado iniciou uma batalha na Justiça para recuperar os direitos políticos e se habilitar para disputar a sucessão de Reinaldo Azambuja.
A posição da ministra é importante, porque Bolsonaro já manifestou publicamente que ela vai decidir qual candidato a governador ele vai apoiar em Mato Grosso do Sul. Ou seja, o presidente pode subir no palanque de Eduardo Riedel.
Sobre a possibilidade do governador renunciar ao mandato para disputar o Senado, Tereza Cristina admite rever, neste caso, a disposição de ser senadora. “Ele (Azambuja) nunca me disse que seria candidato. Mas se ele for, terei que avaliar o cenário, para ver se eu saio ou não. Conforme for, eu sairei”, relatou, conforme o Correio do Estado.
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