No artigo “A paz não tem sossego”, o jornalista e filósofo Mário Pinheiro faz reflexão sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que pode envolver outros países e assusta o mundo. “Ninguém deseja uma guerra para escutar o ruído dos aviões e os mísseis que destroem e envenenam o solo. O conflito russo/ucraniano é um problema para o mundo, mas a ilusão da paz termina quando se comete um erro”, afirma.
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“Vladimir Putin não é flor que se cheire, mas é um líder e na Rússia ele manda, protege, dá as cartas”, alerta. Em seguida, ele destaca que as forças armadas russas são a segunda mais potente em termos militares e ainda possuem armas nucleares.
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“A estratégia russa é calar o presidente ucraniano, ex-ator e comediante, Volodymyr Pelensky, que se tornara marionete dos Estados Unidos e parte da Europa em desejar reconquistar a Criméia, anexada pelos russos em 2014”, pontua.
“Guerra é sempre inexplicável, não é bom para ninguém, pois são os civis que acabam por pagar a conta. Mas a rixa contra a Rússia vem desde a guerra fria, da invasão do Afeganistão, da amizade com Cuba e a Venezuela”, lembra.
Ele também critica, sem citar nomes, a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do filho, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, à Rússia na véspera do conflito. “Pior ainda é ver alguém determinado contra comunistas prestar honras e decorar o túmulo do soldado comunista com a coroa de flores. Vergonhoso!”, ironiza.
Confira o artigo na íntegra:
“A paz não tem sossego
Mário Pinheiro, de Paris
Ninguém deseja uma guerra para escutar o ruído dos aviões e os mísseis que destroem e envenenam o solo. O conflito russo/ucraniano é um problema para o mundo, mas a ilusão da paz termina quando se comete um erro. Vladimir Putin não é flor que se cheire, mas é um líder e na Rússia ele manda, protege, dá as cartas.
As forças armadas da Rússia são a segunda mais potente em termos militares e possuem arma nuclear. A estratégia russa é calar o presidente ucraniano, ex-ator e comediante, Volodymyr Pelensky, que se tornara marionete dos Estados Unidos e parte da Europa em desejar reconquistar a Criméia, anexada pelos russos em 2014.
Para Putin, a Ucrânia não passa de província que caiu na perigosa estratégia dos Estados Unidos em desejá-la como parte da Organização do tratado do Atlântico Norte (Otan). Se a Ucrânia se tornasse membro da política militar da Otan, seria muito mais fácil aos ocidentais em colocar na prática as pressões contra a Rússia que domina os países do leste europeu que jamais engoliram a anexação da Criméia, e mais, poderiam meter a mão no gás natural e no petróleo.
Guerra é sempre inexplicável, não é bom para ninguém, pois são os civis que acabam por pagar a conta. Mas a rixa contra a Rússia vem desde a guerra fria, da invasão do Afeganistão, da amizade com Cuba e a Venezuela.
Entretanto, convenhamos, quando a Rússia invade um país vizinho e explica as razões de ordem diplomática, o Ocidente tem dificuldade em aceitar, mas se a invasão acontece contra um país árabe mequetrefe, ou dos balcãs, fecha-se os olhos.
A Ucrânia não tem capacidade militar para aguentar uma semana seguida de bombardeio russo, por isso Pelensky, que se diz abandonado, atiça a Europa para entrar no conflito. Toda a base militar ucraniana foi montada e paga com dinheiro da União Europeia. Na guerra é assim, quem perde paga a conta, entrega o que tem. Donbass, primeira cidade conquistada por Putin, está infestada de separatistas pro-russos, e mais, a Ucrânia fala russo desde criança.
Sobre esta guerra, uma grande parte de líderes se pronunciaram contra. O Brasil sempre foi aliado dos Estados Unidos. Pergunta-se o que o banana-brasileiro acompanhado do vereador do Rio, foi fazer em Moscou numa visita oficial. No início do mandato do presidente brasileiro, ele ameaçava invadir a Venezuela numa guerra por ser contra Nicolás Maduro.
Na política tudo funciona com trocas, é dando que se recebe. Pior ainda é ver alguém determinado contra comunistas prestar honras e decorar o túmulo do soldado comunista com a coroa de flores. Vergonhoso! Como dizia Simão, quem fica parado é poste, mas o chefe do Planalto é mesmo um zé ruela”.