Cólicas incapacitantes, dores nas costas, nas pernas, na cabeça e inchaço na barriga. Esses são poucos dos muitos sintomas das pessoas que têm endometriose e que podem ser confundidos com o período normal da menstruação e levar a irreversíveis quadros de saúde. Com o aumento do acesso à internet e da produção de conteúdos com supervisão de profissionais de saúde, ficou mais fácil compreender a condição e, quando necessário, procurar ajuda.
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É importante destacar que mulheres de qualquer idade podem ser afetadas pela endometriose. De acordo com a Figo (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia), essa é uma doença de longo prazo e para a qual não existe cura, mas com o tratamento correto, é possível melhorar a condição de vida da paciente.
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Ainda segundo a federação, a endometriose é uma condição em que o tecido semelhante ao revestimento do útero começa a crescer em outros lugares, como ovários e trompas. Os sintomas podem variar, fazendo com que algumas mulheres sejam gravemente afetadas e outras não apresentem alteração perceptível.
Em geral, os principais sintomas da endometriose são:
Dores na parte inferior do ventre e nas costas, com aumento da intensidade durante o período menstrual;
Dores ao urinar ou evacuar;
Dores durante o sexo;
Fluxo menstrual intenso;
Sensação de constipação e diarreia com sangue durante o período menstrual;
Dificuldade para engravidar e, em alguns casos, infertilidade;
Depressão.
Diagnóstico e tratamentos disponíveis contra a endometriose
Uma ultrassonografia pode ser solicitada para que o profissional avalie a extensão das lesões. Em alguns casos, somente uma ressonância magnética permite a identificação dos focos da endometriose. Algumas pacientes precisam ser submetidas a uma cirurgia para a retirada dos focos e aderências, encontradas em órgãos como o intestino e a bexiga.
Dor pélvica em excesso não é normal e nem é cólica menstrual
Sentir dor em excesso não é normal, por isso é importante procurar auxílio médico para tentar melhorar a condição física e limitar o impacto da endometriose em outros aspectos da vida, como os relacionamentos pessoais e o trabalho. A dor pélvica crônica reduz a capacidade de realização de tarefas simples, traz alterações de sono e, invariavelmente, depressão contínua.
Lei trabalhista não contempla as limitações impostas pela endometriose
Embora a doença tenha merecido um mês, que é março, e um dia oito, para ser lembrada, a legislação brasileira não protege a mulher paciente de endometriose. O Senado, contudo, avalia desde março de 2021 o Projeto de Lei 546, que prevê a isenção da carência do período de carência para a concessão de auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez para as mulheres com endometriose.