O perito da Vara de Osasco (SP) vai definir a melhor forma para a realização do exame de DNA para definir se o comerciante Afrânio Alberto da Silva Brocuá, 57 anos, é filho de Jamil Name. Todo o procedimento será feito no estado vizinho e vai definir se a herança do poderoso empresário, morto em decorrência das sequelas da covid-19 em junho do ano passado, terá mais um beneficiado.
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A produção antecipada de provas foi feita pelo deputado estadual Jamilson Lopes Name (sem partido). Ele alega que Brocuá não é filho de Name. Conforme o advogado João Paulo Sales Delmondes, o octogenário teria feito exame de DNA em Campo Grande, que descartou a paternidade.
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No entanto, o comerciante paulista ingressou com ação de reconhecimento de paternidade na 1ª Vara de Família e Sucessões de Osasco. No entanto, o empresário se recusou a realizar o exame em São Paulo e a justiça paulista entendeu como recusa. Em decorrência disso, o comerciante ganhou a ação. O juiz determinou o reconhecimento da paternidade e a inclusão de Jamil Name como pai no registro de nascimento.
Jamilson ingressou com ação para realizar novo exame de DNA. Ele ofereceu o próprio material genético ou o do pai coletado pelo Instituto de Perícias Científicas de Mato Grosso do Sul. Para dirimir qualquer dúvida, ele concordou até com a exumação do corpo do pai, sepultado no Cemitério Santo Antônio.
Em despacho publicado no dia 2 deste mês, o juiz Atílio César de Oliveira Júnior, da 12ª Vara Cível de Campo Grande, deferiu o pedido de produção de perícia. No entanto, houve um erro na peça e o magistrado determinou a realização da perícia para verificar se houve danos em uma casa e para confirmar a realização de benfeitorias no banheiro e na lavanderia.
Alertado por Delmondes da falha material, o magistrado publicou novo despacho para deixar a decisão clara. Ele determinou que a perícia seja feita em Osasco, cidade de Brocuá. Também deixou para o perito paulista definir qual será a melhor forma para verificar a paternidade, seja pelo material de Jamilson, pelo coletado de Jamil Name em vida ou pela exumação do corpo.
A decisão da Justiça poderá excluir ou dar direito de Afrânio Brocuá brigar pela herança de Jamil Name, que construiu um império na Capital a partir do jogo do bicho e da venda de loteamentos urbanos. Ele também era famoso pela compra de precatórios. Em entrevista para peritos na prisão, o empresário revelou que tinha mais de R$ 41 bilhões para receber de órgãos públicos.