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    Opinião

    O muito pouco para ter a felicidade e a estupidez dos casos brutais no Rio de Janeiro

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt05/02/20225 Mins Read
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    No artigo “Epicuro, prazer e felicidade”, o filósofo e jornalista Mário Pinheiro faz análise sobre a felicidade e o prazer tendo como base o filósofo grego. Além de tudo, é preciso ética. E compara com os protagonistas da estupidez e casos brutais que chocaram a sociedade brasileira, como o militar que matou o vizinho negro a tiros ao supostamente confundi-lo com um assaltante e a morte do congolês.

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    “Epicuro fala dos fatores simples para alcançar a felicidade, afirma que o prazer é o começo de uma vida feliz, que para tanto é preciso uma ética. O prazer é nosso bem principal, que nasce conosco e não precisamos procurá-lo. Sábio, ele ainda diz que se não possuímos muito, que saibamos nos contentar com pouco”, afirma.

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    “A realidade do IV século antes de Cristo é diferente da nossa atualidade. O ser humano atual, índio ou negro, sabe que para viver é preciso terra para plantar, trabalhar para alimentar a família”, pondera.

    “O falastrão milionário preso em sua mansão pela Polícia Federal em Goiás, paga seus súditos pra queimar helicópteros do Ibama; o sargento da Marinha apaga com três tiros o vizinho negro que chega do trabalho por achar que é ladrão; e três sujeitos se divertem ao dar uma lição mortal ao congolês Moíse Kabagambe que apenas cobrava os R$ 200 pelos dias trabalhados. Tristes verdades em torno de coisas minúsculas distantes da felicidade epicuriana”, constata.

    Confira o artigo na íntegra:

    “Epicuro, prazer e felicidade

    Mário Pinheiro, de Paris

    Platão fala em dominar os próprios desejos tirânicos e diz que isso é uma conquista. Mas como se define a felicidade e quando é que a felicidade se confunde com o prazer? Epicuro fala dos fatores simples para alcançar a felicidade, afirma que o prazer é o começo de uma vida feliz, que para tanto é preciso uma ética.

    O prazer é nosso bem principal, que nasce conosco e não precisamos procurá-lo. Sábio, ele ainda diz que se não possuímos muito, que saibamos nos contentar com pouco. Tudo que é natural, é abundante.

    Enfim, Epicuro diz que o costume de viver de maneira simples, sem ostentação, oferece a melhor garantia de boa saúde e permite ao homem de cumprir suas obrigações necessárias da vida. Ele foi discípulo de Demócrito e seguiu os ensinamentos de Xenócrates, difusor das ideias de Platão.

    Segundo Epicuro, a sabedoria consiste em não depender do acontecimento que atinge a dificuldade da alma. Ele não fala de falha sistemática em todas as ocasiões, de se privar dos desejos, satisfazer os que não são naturais, ou desnecessários, ou ainda artificiais. Não se trata de classificação dos desejos e que o prazer que temos em vista é caracterizado pela ausência de sofrimentos corporais e de problemas emocionais.

    A filosofia de Epicuro ficou registrada nas epístolas a Heródoto, Pitoclés e Menoiceus. Ele descreveu sobre o átomo, os meteoros, o nada e a verdade que posa no minúsculo, não acreditava nos deuses de seu tempo. A dissertação de doutorado em filosofia de Karl Marx, datada de 1841 em Paris, é baseada no atomismo de Demócrito e Epicuro. O primeiro materialista é Epicuro. Para Marx, a filosofia grega é um ‘agregado sincretista de física e moral’. Dos sábios existentes até a época de Sócrates, tudo conspira a fomentar esta figura helenística da sabedoria, o que seria um preconceito.

    Na física, segundo Cícero, Epicuro é um bárbaro perfeito porque são iniciativas arbitrárias, tudo pertencia a Demócrito. Epicuro, contrariamente a Demócrito, faz do mundo sensível um ‘fenômeno objetivo’ quando diz: ‘o sábio tem um comportamento dogmático e não cético’.

    Epicuro despreza o empirismo e faz do acaso o pai de todas as coisas. Mas é Lucrécia que enaltece a questão do prazer, com dor ou sem dor, para purificar-se e atingir a felicidade, o gozo, em outras palavras, o tesão. Ela, por ser poeta, sustenta que há muitas ideias falsas sobre a morte e diz ainda, que é preciso compreender o vazio, o medo do fim, evitar brigas, agitação política e a cega paixão do amor.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris.

    A realidade do IV século antes de Cristo é diferente da nossa atualidade. O ser humano atual, índio ou negro, sabe que para viver é preciso terra para plantar, trabalhar para alimentar a família. O falastrão milionário preso em sua mansão pela Polícia Federal em Goiás, paga seus súditos pra queimar helicópteros do Ibama; o sargento da Marinha apaga com três tiros o vizinho negro que chega do trabalho por achar que é ladrão; e três sujeitos se divertem ao dar uma lição mortal ao congolês Moíse Kabagambe que apenas cobrava os R$ 200 pelos dias trabalhados. Tristes verdades em torno de coisas minúsculas distantes da felicidade epicuriana.

    Das lições de Sócrates, Platão, Demócrito ou Epicuro, o homem continua brusco, tosco, insensível, vazio, não valoriza o outro, exceto sua mesquinharia. A sabedoria e a riqueza espiritual não habitam quem não sabe o que é direitos humanos, ela transfere a massa cinzenta ao taco de beisebol e aos músculos que fazem dele o idiota sem razão.

    Pior, se Epicuro era agnóstico, o homem de hoje se diz crente com todas as letras, mas estúpido, violento física e verbalmente, pequeno e desprezível. O homem virou lobo do próprio homem. Moíse poderia se sentir feliz ao receber a quantia pelos dias trabalhados. E ainda, se Epicuro era um bárbaro perfeito, os homens que espancaram até a morte o congolês, depois o amarraram, são trogloditas sem um pingo de cérebro.”

    artigo assassinato do congolês CULTURA filosofia MÁRIO PINHEIRO política nacional

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