Presidenciável do MDB, a senadora Simone Tebet fez mistério sobre em quem votou no segundo turno das eleições de 2018. Em entrevista ao jornal português Diário da Notícia (veja a entrevista), a emedebista afirma, de forma categórica, que Jair Bolsonaro (PL) vai entrar para a história como o “pior presidente da história do Brasil”.
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Apesar de não revelar o voto há três anos, quando Bolsonaro derrotou Fernando Haddad (PT), a sul-mato-grossense foi favorável ao presidente e ajudou na aprovação dos projetos quando era presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
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A senadora passou a fazer críticas ao atual dirigente quando Bolsonaro optou pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD), de Minas Gerais, na disputa pela presidência do Senado. Simone subiu o tom quando passou a integrar a CPI da Covid no Senado como líder da bancada feminina.
“Ninguém podia imaginar uma gestão tão ruim, nem que o presidente Bolsonaro pudesse entrar para a história como o pior presidente da história do Brasil. Ninguém imaginava que ele poderia namorar com o autoritarismo ou ameaçar as instituições democráticas e tentar mudar todo o pensamento de uma geração com o discurso de ódio contra as minorias”, disse a parlamentar.
A sul-mato-grossense tem certeza de que estará no segundo turno das eleições de 2022, mesmo pontuando entre zero e 1% nas pesquisas eleitorais divulgadas até o momento. No entanto, caso não esteja, ela não antecipa se votará em Bolsonaro ou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu não costumo declarar voto, então não vou dizer em quem votei, nem em quem votaria no ano que vem se eu não for para a segunda volta. Acho que o voto é secreto, acredito que é uma escolha pessoal e como pré-candidata eu creio que tenho condições de estar na segunda volta contra um dos dois candidatos que hoje se apresenta nas pesquisas como majoritário”, assegurou.
Em campanha pela presidência da República, Simone corre contra o tempo para continuar na corrida eleitoral. Os caciques do MDB na região Nordeste vão esperar até abril para que ela decole nas pesquisas. Caso permaneça com o desempenho pífio, eles vão levar à convenção para o MDB apoiar o ex-presidente Lula.
Alguns emedebistas ainda defendem a aliança com Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições de 2022.
Caso mantenha a candidatura e venha a ser eleita, ela diz que a prioridade será o combate à miséria. “A prioridade número um é acabar com a fome e diminuir a desigualdade social, com a geração imediata de novos postos de trabalho. Há muito tempo, desde a redemocratização, não víamos um índice tão alto de desemprego, de subemprego, de informalidade, de desalentados, de pessoas passando fome, de desigualdade social, de uma inflação que não é por procura, portanto não é porque as pessoas estão comprando, e que faz com que a situação fique ainda mais gravosa. Então, essa é a prioridade”, afirmou ao jornal português.
“Para que isso aconteça, é preciso que se dê segurança, que a população, que os investidores estrangeiros e nacionais acreditem que o presidente, antes de tudo, tem respeito às instituições democráticas, não ameaça a democracia, garante segurança jurídica, que temos respeito à construção de consensos, que os acordos são cumpridos, que há segurança jurídica e socioambiental, entre outros”, pontuou.