O ex-governador André Puccinelli (MDB) lidera a disputa pelo Governo de Mato Grosso do Sul, enquanto a deputada federal Rose Modesto (PSDB) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) empatam e brigam pela vaga no 2º turno. O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), ficaria de fora da etapa suplementar. Os dados fazem parte da última pesquisa do ano do Instituto Ranking.
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O ex-governador Zeca do PT, que decidiu voltar à política após o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), empata com o candidato de Reinaldo Azambuja (PSDB), mesmo estando fora do noticiário e sem o apoio da máquina da administração estadual.
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A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 14 deste mês por telefone com 2 mil eleitores de 35 cidades e tem margem de erro de 2% para mais ou menos. Foram simulados sete cenários para as eleições de 2022.
No primeiro cenário, André tem 21,30%, seguido por Rose, que deve trocar o PSDB pelo Podemos ou União Brasil, com 15,5%, Marquinhos com 14,1%, Riedel com 9,2%, Zeca com 8%, o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PSD) com 3,05%, Capitão Contar (PSL), com 2%, João Henrique Catan (PL) com 1,4% e Coronel David (sem partido) com 1%. Neste cenário, brancos, nulos e indecisos somam 24,45%.
No segundo cenário, André tem 23,10%, Rose 17,4%, Marquinhos 16%, Riedel 11% e Zeca 9,15%, enquanto 24,45% não possuem candidato ou vão anular o voto. No terceiro disco, André tem 33,15%, Rose 22% e Riedel 14,5%, enquanto indecisos, nulos e brancos somam 30,35%.
No quarto cenário, Rose lidera com 30,25%, contra 24,15% de Marquinhos e 15,4% de Riedel. Brancos, nulos e indecisos são 30,2%. Na quinta simulação, André tem 30,1%, Marquinhos 24,35%, Riedel 15% e brancos, nulos e indecisos 30,55%.
No cenário sem o candidato do PSDB, André tem 30,2%, Rose 23,15% e Marquinhos 21,30%, enquanto indecisos, nulos e brancos somam 25,35%. No sétimo cenário, André tem 33%, Riedel 20,4% e Zeca 17,10%, enquanto os indecisos, nulos e brancos ficam em 29,5%.
A pesquisa difere dos dados apresentados pelo IPR, que apontam a liderança de Marquinhos Trad. Mesmo assim é possível concluir que Eduardo Riedel continua com dificuldade para decolar e chegar ao segundo turno. O pacote de bondades de Reinaldo, que incluiu desde a redução de 0,5 ponto percentual no IPVA, reajuste de 10% aos servidores públicos estaduais, redução das taxas do Detran, entre outras medidas, ainda não surtiram efeito, apesar da presença constante do secretário na mídia.
O prefeito da Capital empata em todas as situações com Rose, que vem percorrendo o Estado de olho na Governadoria. Oficialmente, a tucana não confirma a candidatura, mas em discursos deixa claro que a meta é o poder executivo.
Marquinhos foi lançado no fim do ano pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Ele tem até o final de março para decidir se vai disputar o Governo e abrir mão de dois anos e meio do mandato de prefeito da Capital.
Apesar da condenação pela coação de eleitores em 2012 e das denúncias na Operação Lama Asfáltica, o ex-governador mostra resiliência e também se beneficia pelo fato da mídia não cobrir os julgamentos na Justiça Federal. Na Justiça estadual, as ações tramitam em sigilo.
Zeca chega a empatar tecnicamente com o tucano, apesar de estar longe da política desde 2018, quando disputou o Senado. O petista ameaçou abandonar a política no ano passado, mas desistiu após Lula recuperar os direitos políticos e voltar a liderar as pesquisas de intenção de voto para presidente.
O juiz Odilon não pretende ser candidato ao Governo e apostará no Senado, fazendo dobradinha com Marquinhos. João Henrique sonha em ser o candidato de Bolsonaro, já que está com 1,4%. Coronel David sinaliza que vai disputar a reeleição.
Pesquisa retrata o momento e os critérios variam de acordo com o instituto. A única certeza para o eleitor é o voto e o resultado obtido com a abertura da urna é o que valerá em 2022. O resultado de Dourados é um caso clássico de que pesquisa não ganha eleição, já que Barbosinha liderou todos os levantamentos e Allan Guedes (PP) venceu na urna.