A senadora Simone Tebet recebeu uma missão dos caciques do MDB como pré-candidata a presidente da República: chegar a dois dígitos nas pesquisas até março de 2022. Oscilando em torno de 1% nos levantamentos divulgados, a emedebista terá uma missão quase impossível, considerando a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O lançamento da sul-mato-grossense como pré-candidata a presidente repercutiu bastante na mídia nacional nesta quinta-feira (9). Jornais deram ênfase às duras críticas feitas a Bolsonaro. Com a desistência do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), a senadora vai entrar na disputa para ter o apoio da União Brasil, partido a ser criado com a fusão do PSL e DEM.
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De acordo com o jornalista Igor Gadelha, da Metrópoles, Simone terá a missão de chegar a dois dígitos nas pesquisas até março. Caso não atinja esse índice nos próximos 90 dias, a emedebista pode perder o respaldo do partido para manter a candidatura presidencial.
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, enfatizou que os candidatos a representar a terceira via vão precisar ter sensibilidade para buscar a convergência. O grupo busca o melhor nome para tentar romper a polarização entre Lula e Bolsonaro.
Além de Simone, os cotados são o ex-juiz Sergio Moro (Pode), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT). Dos quatro, o único a superar 10% atualmente é o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. No entanto, a rejeição de Moro e Doria é considerada alta, em torno de 60%.
Os jornais nacionais deram amplo destaque para a pré-candidata do MDB. “Temos um governo que não conhece o Brasil”, destacou o Correio Braziliense, sobre a crítica de Simone à administração de Bolsonaro.
“Simone Tebet: ‘Governo quer aniquilar as minorias”, destacou O Estado de Minas, um dos principais periódicos mineiro. “Simone Tebet diz que a reeleição de Bolsonaro ameaça à democracia”, destacou o jornal O Globo.
“Simone Tebet: ‘O MDB não esquece o que o PT fez no verão passado, mas vai dialogar”, destacou O Estadão. O diário paulista deu destaque para o fato da senadora não ter feito críticas a Lula no discurso de oficialização do seu nome como pré-candidata. Ao ser questionada, ela admitiu que irá manter diálogo com o líder petista.
A revista Veja enfatizou o fato da velha guarda do MDB, como o senador Renan Calheiros, de Alagoas, e o ex-presidente José Sarney, não terem prestigiado o evento em Brasília na quarta-feira.
A senadora decidiu arriscar na candidatura a presidente. Caso não consiga se viabilizar, levando o MDB a retirar em troca de aliança com outro candidato, Simone pode entrar tarde na disputa pela reeleição no Estado.