O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 37,26% a disputa pela presidência da República em Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa do IPR (Instituto de Pesquisa de Resultado) realizada entre os dias 16 e 22 deste mês. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem 30,79%. Dos candidatos da 3ª via, o mais competitivo é o ex-juiz Sergio Moro (Pode), que vem logo em seguida com 11,62%.
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O instituto não incluiu os dois presidenciáveis sul-mato-grossenses, ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e a senadora Simone Tebet (MDB), no único cenário pesquisado. Na espontânea, a emedebista é a única citada e fica em 8º lugar, com apenas 0,10%. Ela fica atrás até da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que não deverá ser candidata em 2022 depois do fiasco na última eleição.
Realizada com 2.056 eleitores em 26 municípios e com margem de erro de 2,2%, a pesquisa aponta o ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PDT), com 4,57%, contra 2,68% do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). 4,04% pretendem votar em branco ou nulo, enquanto 9,05% não sabem ou não quiseram responder.
A polarização entre Lula e Bolsonaro se repete na pesquisa espontânea. O petista tem 18,48%, contra 16,88% do capitão. Em seguida aparece Moro com 2,77%, Ciro com 1,02%, Doria com 0,39%, Marina com 0,15%, Leite e Simone com 0,10%. A maioria, 55,69% ainda não decidiram em quem votar para presidente.
No quesito rejeição, Bolsonaro tem a antipatia de 41,85% dos eleitores, seguido por Lula, rejeitado por 35,02%. A rejeição de Ciro é de 4,62%, enquanto Doria ficou com 3,3% e Moro, com 2,09%.
Esta é a primeira sondagem que coloca Lula na liderança em Mato Grosso do Sul. Bolsonaro aparecia na liderança nos últimos levantamentos. O presidente chegou a perder popularidade no Estado, mas recuperou terreno apesar da inflação fora de controle, do aumento de mais de 70% nos combustíveis e das falhas no combate à pandemia.
Faltando 11 meses para as eleições, a pesquisa aponta que Lula e Bolsonaro seguem polarizando a disputa. Ambos possuem quase 70% dos votos, de acordo com o levantamento do IPR. Os candidatos da 3ª via patinam ao somar, juntos, 18,8%, quase metade do percentual de Bolsonaro.
Por enquanto, o PT deverá lançar a candidatura do ex-governador Zeca do PT para garantir o palanque para Lula. Já Bolsonaro ainda não tem candidato a governador, mas o PL poderá optar pela candidatura própria, com o deputado estadual João Henrique, para o presidente não ficar sem palanque.
Moro poderá contar com a candidatura da deputada federal Rose Modesto, que analisa trocar o PSDB pelo Podemos ou pela União Brasil. Por outro lado, Doria espera contar com a candidatura do secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), apesar dos tucanos sul-mato-grossenses terem optado pelo governador gaúcho, Eduardo Leite nas prévias do partido.
Marquinhos Trad, que também lidera o levantamento do IPR, poderá garantir o palanque para Rodrigo Pacheco (PSD), que não foi incluído no questionário nem apareceu na espontânea. Há também a possibilidade do PSD indicar o vice na chapa de Lula, caso vá adiante a estratégia de filiar o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, atualmente no PSDB, no PSD.