O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (sem partido) lidera a corrida para o Senado, com 20,82%, em pesquisa realizada entre os dias 16 e 22 deste mês pelo IPR (Instituto de Pesquisa de Resultado). O magistrado, que disputou o segundo turno contra Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2018, bate a ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (DEM), e a senadora Simone Tebet (MDB), que poderá trocar a disputa da reeleição para ser candidata a presidente da República.
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Realizada com 2.056 eleitores em 26 cidades, a pesquisa tem margem de erro de 2,2% para mais ou menos. A democrata fica em 2º lugar, com 13,86%, seguida pela deputada federal Rose Modesto (PSDB), com 12,99%.
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Simone fica em 4º lugar, com 12,55%, seguida pelo ex-governador Zeca do PT, com 12,45%. O presidente da Cassems e do PSB, Ricardo Ayche, ficaria com 3,16%. Na pesquisa do IPR, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), também teria dificuldade na disputa do Senado e ficaria na lanterna, com 1,61%.
De acordo com o levantamento, 6,13% dos eleitores votariam em branco ou nulo, enquanto 16,34% não sabem ou não quiseram responder.
A pesquisa põe Odilon de volta ao jogo político após o desastre eleitoral nas eleições do ano passado. O magistrado jogou o cacife político no filho, mas Odilon Júnior (PSD) não conseguiu se reeleger para o novo mandato de vereador na Capital.
Em 2018, Odilon estava filiado ao PDT e foi ao segundo turno contra Reinaldo. Ele perdeu por uma diferença de aproximadamente 70 mil votos. No ano passado, ele cogitou mudar o domicílio eleitoral para uma cidade do interior, onde teve bom desempenho, como Dourados e Três Lagoas, mas acabou optando em não disputar as eleições.
O juiz aposentado pode ser candidato a senador pelo PSD, mesmo partido de Marquinhos. Odilon poderá disputar a segunda eleição desde que deixou o cargo de juiz federal no Estado, onde ficou famoso por combater o crime organizado e mandar os barões do narcotráfico para a prisão.
No entanto, ele terá uma disputa difícil, já que a ministra Tereza Cristina deverá ir para a disputa com o apoio do PSDB e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para garantir a presença da democrata na chapa de Riedel, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) vai nomear o principal assessor da ministra, Marcos Santullo, para um cargo na Governadoria.
Os números mostram que Simone terá muita dificuldade para retornar ao Senado caso o projeto de ser candidata a presidente da República não se concretize. Ela também sinalizou acordo com Reinaldo ao ter o marido, o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), nomeado para comandar a Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica.