A primeira-dama de Campo Grande, Tatiana Trad, descartou, em comunicado divulgado nas redes sociais, que cogita ser candidata a vice-governadora na chapa do secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). “Vou continuar caminhando ao lado do meu esposo e o PSD terá candidato ao Governo do Estado”, afirmou, reforçando as especulações de que Marquinhos Trad vai renunciar ao mandato de prefeito para disputar o cargo de governador em 2022.
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Nas entrelinhas, com impacto político calculado, Tatiana critica os objetivos do PSDB para se perpetuar no poder em Mato Grosso do Sul. “Os nomes que vão compor a chapa serão escolhidos pensando no melhor para Mato Grosso do Sul e não por arranjos”, alertou.
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Conforme o Correio do Estado, Riedel estuda ter a mulher de Marquinhos como vice para garantir o apoio do prefeito da Capital. Além de ter o apoio da principal autoridade no maior colégio eleitoral do Estado, ele ainda tiraria um adversário forte do páreo.
Aliás, o tucano trabalha para minar outros dois grandes adversários. O primeiro é o ex-governador André Puccinelli (MDB). Dois aliados do emedebista devem trocar de lado nos próximos dias. Eduardo Rocha, marido da senadora Simone Tebet, aceitou o convite para assumir a Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica. O outro é Paulo Duarte, que ganha a vaga de deputado estadual.
A segunda adversária é a deputada federal Rose Modesto (PSDB). Como ela articula para deixar o PSDB para disputar o Governo por outro partido, Riedel planeja coloca-la como vice em sua chapa, repetindo a dobradinha feita com Reinaldo em 2014. Ele também tenta convencer Rose a permanecer no PSDB para disputar a reeleição.
Além de criticar esses arranjos, Tatiana alfinetou ainda mais a estratégia tucana. “A política não é negócio e sim um instrumento para transformar vidas, uma oportunidade de servir ao próximo”, frisou.
“O fato do meu nome ser cogitado demonstra a importância de nosso trabalho ao lado do Marquinhos esses anos”, concluiu a primeira-dama.
A expectativa é de que o PSDB e o PSD caminhem separados no primeiro turno nas eleições de 2022. No entanto, os articuladores de ambos os lados buscam meios de não impedir que os dois estejam juntos no segundo turno.
Além de Riedel e Marquinhos, os pré-candidatos a governador em 2022 são André Puccinelli, o ex-governador Zeca do PT, o ex-vereador Vinicius Siqueira (PROS), Rose Modesto e Marcelo Bluma.