Pesquisa do Instituto Ranking mostra que o ex-governador André Puccinelli (MDB) e a deputada federal Rose Modesto (PSDB) subiram nos últimos três meses e seguem liderando a disputa pelo Governo de Mato Grosso do Sul. Com a tarefa de defender o legado do PSDB, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, não decolou e segue em 4º lugar em quatro dos cinco cenários pesquisados.
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Outra constatação é que os candidatos bolsonaristas, a senadora Soraya Thronicke (PSL) e os deputados estaduais Capitão Contar (PSL) e Coronel David (sem partido) disputam a lanterna na corrida eleitoral de 2022. O ex-governador Zeca do PT cresceu após confirmar o retorno à política e assumiu o 3º lugar.
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Realizada entre os 1º e 5 de setembro deste ano, com margem de erro de 2,5%, a pesquisa da Ranking testou cinco cenários para a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB). No primeiro cenário, André lidera com 18,2%, seguido pela Professora Rose, com 12,3%, Zeca com 6,4%, Riedel com 6,1%, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) com 5,5%, a ministra Tereza Cristina (DEM) com 4%, o juiz federal Odilon de Oliveira (sem partido) com 1,8%, Capitão Contar com 1,6%, Coronel David com 1,5%, Soraya com 1,5% e o ex-vereador Vinicius Siqueira (PROS) com 1,4%. O percentual de indecisos, votos brancos e nulos é altíssimo, 40%.
Livre de nova ofensiva da Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica e condenado por improbidade por coagir eleitores em 2012, Puccinelli cresceu em relação a junho, quando tinha 10,3%. O emedebista também conta com o apoio velado da imprensa sul-mato-grossense, que não vem acompanhando o início dos julgamentos na 3ª Vara Federal.
Disputada por quatro partidos, como PSL, PP, Podemos e PL, Rose mantém o projeto de sair do ninho tucano e disputar um cargo majoritário. A estratégia da tucana tem dado certo e ela subiu neste cenário, de 7,5% para 12,3%. No caso de saída de André, a deputada tem condições de assumir a liderança da disputa, conforme a Ranking.
Deputado estadual, vereador da Capital e governador por dois mandatos, Zeca tinha anunciado a aposentadoria da vida política. No entanto, a reabilitação do ex-presidente Lula (PT) o animou a retornar ao jogo. A confirmação da disposição do petista a disputar o Governo dobrou o percentual na pesquisa em três meses, de 3,6% para 6,4%.
A estratégia de colocar Riedel para anunciar tudo que acontece de bom no Governo ainda não surtiu efeito na pesquisa. Conforme a Ranking, ele passou de 4,2%, em junho, para 6,1%. Já o lançamento de Marquinhos colocou o prefeito no jogo, passando de 2,3% para 5,5% neste cenário.
André também lidera o segundo cenário, com 20%, seguido pela Professor Rose, com 14,1%, por Zeca, com 7,35%, Riedel com 6,6%, Nelsinho Trad com 6,25%, Contar com 2,4%, Coronel David com 2%, Soraya com 1,7% e Siqueira, com 1,5%. O percentual de votos em branco, nulos e indecisos soma 38,1%.
Neste cenário, André passou de 11,65% para 20% em três meses, enquanto Rose saltou de 9,3% para 14,1%. Zeca passou de 5,3% para 7,35%. Apenas Riedel ficou estável, de 6,2% para 6,6%. Apesar de ter sido condenado por improbidade no escândalo do pagamento de propina da licitação do lixo, Nelsinho também subiu, de 4,2% para 6,25%.
No 3º cenário, com apenas quatro candidatos, a disputa parece equilibrada, mas com André na liderança, com 23%, seguido por Rose (17,15), Zeca (12,35%) e Riedel (11,2).
Já no 4º cenário, o emedebista lidera com 24,5%, seguido por Rose, com 18,3%, Nelsinho com 11,5% e Eduardo Riedel com 10,7%. Na 5ª hipótese, André tem 24,2%, Rose 18%, Riedel 12,25% e Marquinhos 11,5%.
Na pesquisa espontânea, conforme a Ranking, André passou de 6,05% para 13,1% em três meses. Rose subiu de 4,3% para 7,4%, enquanto Zeca foi de 2,10% para 3,3% e Marquinhos de 1,3% para 2,6%. O tucano permaneceu estável, de 2,4% para 2,8%. A margem de erro do levantamento é de 2,5% para mais ou menos.
A um ano e um mês da disputa, o cenário eleitoral em Mato Grosso do Sul começa a ficar mais definido. No entanto, as candidaturas ainda dependem de vários fatores. Novas condenações na Operação Lama Asfáltica não vão tornar Puccinelli inelegível, mas podem desgastá-lo.
Rose permanece no PSDB até o limite para não correr risco de perder o mandato nem os cargos no Governo de Reinaldo. Ela até já foi lançada candidata a governadora pelo presidente regional do Podemos, Sérgio Murilo. No entanto, a deputada ainda pode se filiar a outra sigla e se aliar ao partido.
O PSDB vai caminhar com Eduardo Riedel até o limite do prazo, mas deverá contar com plano B, que pode ser lançar o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, ou apoiar a candidatura de Marquinhos ou de Tereza Cristina.
A ministra da Agricultura cogita disputar o Senado, mas aliados sonham em tê-la na cabeça de chapa. A democrata também pode decidir o cargo após ouvir o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Caso opte pelo Governo, ela pode tirar vários candidatos da urna.
O PT sonha em contar com Zeca, mas também conta com plano B, como relançar o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci. O PSL pode lançar Soraya, Capitão Contar ou até Rose. O PSD pode lançar Marquinhos ou apoiar a candidatura de Riedel. Em resumo, o tabuleiro só começou a ser mexido e as definições devem ficar mais claras em abril, quando acaba o prazo para a desincompatibilização.