A deputada federal Rose Modesto, que deve trocar o PSDB pelo Podemos, lidera a pesquisa do Senado em 2022 no Mato Grosso do Sul. A tucana derrotaria a ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (DEM), e teria quase o dobro das intenções de voto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), segundo pesquisa do Instituto Ranking.
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A parlamentar teria três vezes a intenção de votos da senadora Simone Tebet (MDB), que conclui o mandato, vem brilhando na CPI da Covid e pode ser lançada como candidata a presidente da República pelo seu partido.
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Até o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (sem partido), que foi para o segundo turno nas eleições para o Governo em 2018, comeria poeira em uma disputa com a Professora Rose, como ela é mais conhecida.
O favoritismo é um dos principais motivos para Rose ser cortejada por vários partidos para disputar um cargo majoritário no próximo ano. Ela já recebeu convite do PSL, através da senadora Soraya Thronicke e do presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, e do PP, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Também é cortejada pelo PL de Valdemar da Costa Neto, condenado no escândalo do Mensalão.
Realizada com 2 mil eleitores em 20 cidades, entre os dias 1º e 5 deste mês, a pesquisa Ranking aponta Rose com 21,3%, contra 15,5% de Tereza Cristina. Envolvido no escândalo da propina da JBS, Reinaldo ficou em 3º lugar ao obter somente 12,25%. Em outras circunstâncias, o governador sempre é o favorito na disputa do Senado.
Simone ficou em 4º lugar e obteve apenas 7%. A pesquisa serve de alerta para a emedebista, de que terá muita dificuldade para retornar ao Senado caso não consiga ser oficializada candidata a presidente da República pelo MDB. Desde a volta da democratização, o partido ficou famoso por abandonar seus candidatos ao longo da campanha, como fez com Ulisses Guimarães e Orestes Quercia.
O ex-governador André Puccinelli (MDB) obteve 2,45%, seguido pelo procurador de Justiça Sérgio Harfouche (sem partido), com 2%. Aliás, o promotor será obrigado a renunciar ao cargo ou pedir a aposentadoria caso queira disputar um cargo eletivo em 2022. No ano passado, ele foi surpreendido com a mudança de postura do Tribunal Regional Eleitoral, que lhe cassou a candidatura a prefeito da Capital. Em 2018, a corte permitiu sua candidatura a senador.
O cenário é completado pelo ex-governador Zeca do PT, com 1,85%, pelo presidente da Cassems, Ricardo Ayache (PSB), com 1,6%, e pelo juiz Odilon, com 1,45%. O magistrado corre o risco de sumir do mapa político. No ano passado, ele apostou o prestígio, mas não conseguiu nem reeleger o filho, Odilon Júnior (PSD), vereador da Capital.
De acordo com o levantamento, 34,6% dos eleitores não souberam responder, estão indecisos ou vão votar nulo/branco para senador.
A sondagem pode levar Reinaldo a optar pela Câmara dos Deputados, onde, teoricamente, teria mais facilidade em conquistar um mandato para manter o foro especial.
A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos para mais ou menos.