O vídeo do padre Paulo Roberto de Oliveira, pároco da Igreja São José, causou polêmica e dividiu os internautas. A mistura de religião e política sempre causou e vai continuar causando polêmica. A maior parte criticou o sacerdote pela convocação da carreata a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o comunismo e o Supremo Tribunal Federal.
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“Parabéns ao padre pela coragem, precisamos falar de política hoje, para que amanhã eles não proíbam de falar de Jesus”, afirmou Oslei Moreno Campos, que teve o comentário curtido por 74 pessoas. “A Igreja Católica tem mesmo é que reparar injustiças históricas que já cometeu e pelo visto continua cometendo, dando palanque para genocida”, rebateu Cris Duarte, citando uma das acusações contra Bolsonaro, devido as mais de 580 mil mortes causadas pela covid-19.
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“Deveria procurar o que fazer, pobres estão precisando. Cadê o padre Júlio Lancellotti para ensinar essa coisa. Como pode um padre facista?”, questionou Francineide Alves Pereira, cuja postagem teve 50 curtidas. Ela também ganhou apoio e foi bombardeada ao lembrar o padre paulista que se dedica a ajudar os moradores de ruas e miseráveis. “Sou católico, mas acho isso um absurdo. É o fim dos tempos”, lamentou Elcides Assunção.
“Todos os brasileiros deveriam sair às ruas no dia 7 de setembro. Precisamos mostrar que todo poder emana do povo. Não ao STF povoado pelo petismo e militantes travestidos de sérios. Nosso Brasil não tem esse regime de excessão (exceção), ditadura, perseguição e prisões arbitrárias ferindo nossa Constituição”, afirmou José Horlando Mattos, endossando as palavras do pároco da Igreja São José.
“Cada dia mais esses pastores e padre envergonhado a religião enquanto muito não tem nem o que fazer de almoço”, afirmou Adilson José, que teve as palavras curtidas por 36 leitores. “Essa padre tá envergonhado os católicos ele deve tá comendo de graça e ganhando muita gasolina pra isso vergonha”, comentou Edilesusa Cavalcante, lembrando outra polêmica do momento, o aumento no preço da gasolina. Após a Petrobras, controlada pelo Governo de Bolsonaro elevar o preço em 51% neste ano, o combustível está custando em torno de R$ 6 na Capital.
“Pena, posso até estar errado, pois não sou dono da verdade, porém padre pessoa dotado de conhecimento superior, espalhando fake e desrespeitando decisão judicial em nome de ideologia política que, em minha opinião contrária as leis de Deus. Isso sim é pra acabar o Piqui de Goiás mesmo”, criticou Selso Lozano, repetindo o termo adotando nos últimos dias sobre a guerra política.
“Tá certo ele STF que nos Calar, tirar o nosso direito”, concordou Sérgio Souza, referindo-se ao inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Nos últimos dias, ele mandou prender o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, acusado de espalhar mentiras e propagar atos antidemocráticos ao defender o fechamento do STF.
“Banda podre da igreja. Qual diferença entre esse ai e o Malacheia? Só o vestidão. Ambos são fariseus . Desdenham do Evangelho. Envergonham os fiéis sinceros”, disse Mouracom Silva, fazendor referência ao pastor Silas Malafaia, outro defensor de Bolsonaro. “Padre tem que cuidar de evangelizar, ajudar o povo que tá passando necessidade, padre não tem que se meter em política padre tem que saber onde é seu lugar”, aconselhou Cleide Carvalho.
“Padre, cuida das sua igreja! Já vimos que não dá certo misturar religião e política! O senhor acha certo deixar o Brasil nas mãos de um desequilibrado mental? Isso vai gerar guerra, que é a pior coisa que pode acontecer! Onde morrem os inocentes e os mandantes estão protegidos em seus palácios. Isso não é nem um pouco aprovado por Deus!”, pediu Marlene Alves.
“Os católicos que estão condenando o padre, devem ser os mesmos que defendiam a Teologia da libertação, que ensinava invadir propriedades”, reagiu Hilda Maria França, lembrando movimento da Igreja Católica que defendeu sem-terra, índios e quilombolas nos anos 80 e 90.
“Eita Padre vai ensinar o amor de Cristo e por em prática o que vc se propôs a fazer na sua vida que é sobre religião e não se aliar a corruptos da política”, afirmou Regina da Silva Santos, sem mencionar os escândalos envolvendo a família Bolsonaro, de desvios de dinheiro público por meio de salários e funcionários fantasmas.
“Seu padre deveria convocar o povo p protestar contra os aumento abusivo do gaz da luz , água, e dos alimentos, o povo q se respeita não deve participar dessas politicagem nogenta… (nojenta)”, pontuou Cristovam Rodrigues da Silva, lembrando o aumento da inflação, que bateu recorde de décadas e do preço do gás, em torno de R$ 100, e da energia devido ao racionamento por causa da crise hídrica.
“Meu Deus que vergonha seu padre. Seu lugar é pregar o evangelho não se meter em política”, falou Wagner Luquez. “Com essa pandemia até esse padre tá ficando louco”, escreveu Enivaldo Enio.
“Padre tem seus princípio doutrinários. Que ele tenha as benções de quem o orientou, mas tenho certeza de não foi o nosso Deus, pois sabemos que o ídolo dele, Bolsonaro, é um falso profeta, nunca foi o Deus da criação do homem. O padre está em lugar incerto”, criticou Jacob Alpires Silva.
“O povo unido jamais será vencido”, postou Cido Chagas, concordando com o termo usado pelo sacerdote no vídeo.
O arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, aconselhou que as manifestações de 7 de Setembro sejam pacíficas e que cada um respeite a posição política do outro. “Manifestações são legítimas, mas confrontos e agressões não são”, alertou.
“Diria que aqui em Campo Grande existe uma comunhão entre os padres com a prudência necessária. Eles não estão misturando a questão política nas ações pastorais, mas claro que há exceções. Temos um ou outro de cada lado, mas isso não chega a provocar fissuras. Esta não é a regra na nossa região”, afirmou ao Midiamax sobre o envolvimento de padres com o atual momento da política brasileira.