Críticos ferrenhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado federal Fábio Trad (PSD) integram pela 5ª vez consecutiva o selete clube dos parlamentares mais influentes do Brasil. A dupla faz parte da lista “Os 100 ‘Cabeças’ do Congresso”, elaborada pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). O senador Nelsinho Trad (PSD) foi promovido ao seleto grupo pela primeira vez.
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Já o deputado estadual Beto Pereira (PSDB) permanece na mesma posição desde 2019, na lista dos 150 mais influentes. O ex-prefeito de Terenos é vice-líder do PSDB. Nelsinho acabou promovido após ganhar destaque no Senado com a presidência da Comissão de Relações Exteriores e ao assumir o cargo de líder do PSD na casa. Ele chegou a sonhar com a indicação para ser ministro de Bolsonaro, mas as articulações acabaram frustradas.
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O papel de críticos do presidente tem mantido Fábio e Simone em destaque como formuladores. Advogado e ex-presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), o deputado tem mantido a artilharia contra Bolsonaro nas redes sociais.
No 3º mandato de deputado federal, Trad não perdoa nenhum deslize ou comentário do ocupante do Palácio do Planalto. Primo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e irmão do prefeito Marquinhos Trad (PSD), Fábio tem se destacado pela independência em relação ao Governo e não teme as ameaças dos bolsonaristas.
No primeiro mandato de senadora, Simone foi a primeira mulher a presidir da Comissão de Constituição e Justiça do Senado e acabou dando a volta por cima após perder a presidência do Congresso para Rodrigo Pacheco (DEM). Ela assumiu o papel de líder da bancada feminina e vem ganhando destaque nacional em apontar falhas do Governo na CPI da Covid. Apesar de não ser titular da comissão, a ex-prefeita de Três Lagoas vive ganhando destaques ao duelar com os governistas.
Simone passou a ser a principal aposta do MDB para disputar a Presidência da República em 2022. Ela pode ser a terceira representante do partido a disputar o cargo de presidente depois de Ulisses Guimarães e Orestes Quércia.
Mato Grosso do Sul teve três representantes entre o “Top 100” do Congresso, mesmo número do Distrito Federal. Tradicional rival sul-mato-grossense na luta por verba e cargos em Brasília, Mato Grosso não teve nenhum deputado ou senador entre os “Cabeças do Congresso”. Goiás teve apenas um, Victor Hugo (PSL), líder do Governo.