O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»MS»Condenado por corrupção a 10 anos, ex-vereador é coordenador político de Reinaldo em Dourados
    MS

    Condenado por corrupção a 10 anos, ex-vereador é coordenador político de Reinaldo em Dourados

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt11/06/20215 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Richelieu de Carlo
    Paulo Henrique, o Bambu, foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, mas ganha salário de R$ 12,5 mil do governador Reinaldo (Foto: Arquivo)

    Condenado a dez anos e seis meses de prisão em regime fechado por corrupção, o ex-vereador Paulo Henrique Amos Ferreira, o Bambu, do Patriota, ganha salário de R$ 12,5 mil e é o coordenador regional do Governo do Estado em Dourados. Ele foi nomeado para o cargo pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Cassado por causa do “mensalinho” em 2011, o político é assessor da Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) desde março de 2019.

    [adrotate group=”3″]

    Paulo Ferreira foi condenado em um dos maiores escândalos de corrupção na história política sul-mato-grossense, a Operação Uragano, deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2010. As investigações revelaram um esquema que envolvia organização criminosa composta por políticos, funcionários públicos e empresários que atuavam na Prefeitura de Dourados e na Câmara Municipal para desviar recursos da saúde e fraudar licitações para pagar propina para o então prefeito, Ari Artuzi, já falecido, e vereadores.

    Veja mais:

    Após 11 anos, ex-vereadores são condenados a 48 anos de prisão por “mensalinho” em Dourados

    Juiz condena oito a 131 anos de cadeia e multa em R$ 5,5 mi por pagar propina a políticos

    Por causa do escândalo de corrupção, Bambu acabou tendo o mandato cassado em março de 2011, quando ainda era filiado ao Democratas. Estiveram presentes na sessão de julgamento na Câmara Municipal de Dourados 11 vereadores. Foram oito votos favoráveis à cassação, três abstenções e uma ausência.

    Em 2018, uma das diversas ações derivadas da Uragano, que envolvem ao todo 60 réus, levou a condenação de oito empresários e administradores por pagamento de propinas a políticos douradenses. As penas somadas chegaram a 131 anos de prisão e ao pagamento de R$ 5,541 milhões em multa.

    No último dia 8 de junho, o juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, condenou quatro ex-vereadores e quatro ex-assessores pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa. As penas somadas chegam a 85 anos de prisão em regime fechado, além da suspensão dos direitos políticos dos sentenciados pelo mesmo tempo da pena aplicada. Todos poderão recorrer em liberdade.

    Ao analisar a participação dos vereadores no esquema, o magistrado, em sua sentença, apontou a “culpabilidade acentuada” dos mesmos, pois “o juízo de reprovação que recai sobre sua conduta é particularmente intenso, na medida em que se trata de Vereador, que tinha como obrigação tutelar pelo interesse da sociedade”.

    Paulo Henrique Amos Ferreira, vulgo ‘Bambu’, foi condenado por corrupção passiva e associação criminosa a sentença de 10 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, bem como 930 dias-multa, no valor unitário de 1/30 do salário-mínimo vigente à época dos fatos.

    Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, Paulo Ferreira recebia “propinas mensais” para garantir que os projetos de interesse do executivo tivessem a tramitação desejada, valores pagos mediante desvio de verbas públicas”.

    No decorrer do processo, a defesa do ex-vereador apontou ilegalidade na colheita de provas, produção de prova que não obedeceu ao comando judicial de informar ao Judiciário quais os locais que seriam instalados os equipamentos de captação de áudio/vídeo, prova ilícita por derivação, bem como afronta ao princípio do Juiz natural e inexistência de atribuição da Polícia Federal para proceder às investigações. E pediu a absolvição do réu por insuficiência de provas para a condenação e por inexistir prova de ter concorrido para a infração penal.

    As alegações, porém, não convenceram o juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, que relatou na sentença: “No que tange ao réu Paulo Henrique Amos Ferreira, vulgo ‘Bambu’, o mesmo solicitou vantagens indevidas a Eleandro Passaia”. O magistrado detalhou ainda o repasse de R$ 10.000,00 ao então vereador sob a alegação que se destinava à realização de evento esportivo, “no entanto, tratava-se de propina que lhe era paga mensalmente”.

    Meritocracia tucana

    Atualmente Paulo Henrique ‘Bambu’ está filiado ao Patriota, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro deve concorrer à reeleição em 2022. O senador Flávio Bolsonaro, filho do chefe do Planalto, fez sua adesão à agremiação durante convenção em maio deste ano.

    Os processos por corrupção contra Paulo Henrique ‘Bambu’ nem a cassação do mandato de vereador pelos colegas da Câmara de Dourados impediram o governador Reinaldo Azambuja de nomeá-lo como assessor no Escritório de Gestão Política, ligado à Segov, quando o titular era Eduardo Riedel, em março de 2019.

    Bambu ficou na Segov, com salário de R$ 10.413,43, até fevereiro de 2021. Em março deste ano, foi promovido ao cargo de Direção Gerencial e assumiu a coordenadoria política do Governo do Estado em Dourados, com remuneração bruta de R$ 12.500,00, acréscimo de 20,2%, fora eventuais penduricalhos que ajudam a inflar os ganhos salariais. Atualmente seu cargo está vinculado à Casa Civil, chefiada por Sérgio de Paula, presidente regional do PSDB.

    O Jacaré entrou em contato com a secretaria de Comunicação do Governo do Estado para saber se alguma atitude será tomada por causa da condenação de Paulo Henrique Bambu por corrupção, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

    condenado por corrupção currículo sujo escândalo gestão reinaldo azambuja operação uragano Paulo Henrique Amos Ferreira

    POSTS RELACIONADOS

    MPE investiga contratação de advogada investigada pela PF pela Câmara da Capital

    MS 11/06/20253 Mins Read

    Após habeas corpus negados pelo TJ e STJ, juiz mantém prisão de ex-coordenador da APAE

    MS 10/06/20252 Mins Read

    Para compra de votos não ficar impune, procurador insiste na cassação de Adriane Lopes

    MS 10/06/20257 Mins Read

    Apesar de sofrer de depressão e ansiedade, Claudinho Serra vai continuar preso

    MS 06/06/20252 Mins Read

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    As Últimas

    Ex-funcionários do Consórcio relatam jornadas de 11 horas e condições desumanas de trabalho

    MS 12/06/20253 Mins Read

    Gasto com pessoal cresce R$ 447 mi, apesar de Adriane congelar salários de servidor há 3 anos

    MS 12/06/20255 Mins Read

    “Dona de zona” ganha 3 mil seguidores após se livrar de cassação por cobrar melhorias em postos

    MS 12/06/20252 Mins Read

    Maioria do STF vota a favor da responsabilização das redes sociais

    BR 11/06/20253 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.