A Operação “Acalento”, da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), prendeu, na manhã desta segunda-feira (7), Eliane Benitez Batalha dos Santos, testemunha chave da Operação Omertà, que levou para a cadeia os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho. Ela é acusada de armazenar vídeos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes.
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Conforme a investigação, ela e o marido, o guarda municipal Marcelo Rios, preso no Presídio Federal de Mossoró, produziam vídeos pornográficos com crianças. A mulher foi presa na residência no Bairro Portal Caiobá, na saída para Sidrolândia.
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De acordo com o Campo Grande News, Eliane deverá passar por audiência de custódia nesta terça-feira (8), quando o juiz poderá conceder a liberdade ou converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. Geralmente, os crimes de pornografia infantil levam a pena de dois a três anos de prisão e o réu acaba cumprindo a pena em liberdade.
A investigação começou com a Operação Omertà após delegados do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) verificarem vídeos no telefone celular de Rios, preso com arsenal de armas de grosso calibre em maio de 2019. A prisão do guarda municipal levou a polícia a desvendar o envolvimento de Name com o grupo de extermínio e uma série de crimes em Campo Grande.
Eliane Batalha foi peça chave ao desvendar os crimes. Inicialmente, ela fez as revelações de que o arsenal de armas pertencia a Jamil Name e o marido tinha sido contratado para matar, como o empresário Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão.
No entanto, no decorrer do processo, ela acabou mudando de lado e acusou os policiais do Garras de tortura e pressão. O depoimento da esposa de Rios passou a ser usado pela defesa dos réus para descontruir a acusação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Com a Operação “Acalento”, Eliane será indiciada por armazenamento e compartiolhamento de pornografia infantil. De acordo com polícia, há indícios de Marcelo Rios sabia e participava da produção dos conteúdos.
Há relatos de que a mulher abusava de uma criança de sete anos de idade. Os nomes das vítimas e o parentesco com os acusados não serão revelados para evitar exposição.
No depoimento sobre a morte do Playboy da Mansão, Rios havia feito um apelo para a esposa voltar para a igreja. O pedido foi feito durante audiência presidida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.