O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recuperou parte da popularidade em maio deste ano e praticamente acabou com a vantagem de Luiz Henrique Mandetta (DEM) em eventual segundo turno nas eleições de 2022. A constatação é da pesquisa do Atlas Político, divulgada nesta segunda-feira (10), pelo jornal El País (veja a matéria). A vantagem do ex-ministro da Saúde despencou de quase 10 pontos para empate técnico.
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As sondagens do periódico espanhol mostram que a chegada do segundo turno não garantiria a vitória do campo-grandense na sucessão presidencial. Mandetta continua patinando nos índices do primeiro turno, ficando abaixo de 5%, no pelotão da lanterna com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o apresentador da TV Globo, Luciano Huck (sem partido), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o líder do movimento dos sem-teto em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) e o banqueiro João Amôedo (Novo).
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Bolsonaro subiu na simulação do primeiro turno, de 32,7% para 37%, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também cresceu no período, entre março e maio deste ano, de 27,4% para 33,2%. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (sem partido) caiu de 9,7% para 4,9%. Ciro passou de 7,5% para 5,7%.
Lula passou a ser único candidato que venceria Bolsonaro no segundo turno, com 45,7% a 41%. Há dois meses, o petista tinha vantagem maior, 44,9% a 38,8% do presidente. Os números mostram a recuperação da popularidade do petista, que recuperou os direitos políticos após as condenações serem anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro recuperou a popularidade apesar da CPI da Covid-19 instalada pelo Senado para apurar falhas do Governo federal no combate à pandemia. De acordo com a pesquisa, a aprovação do presidente, que inclui ótimo e bom, subiu de 35% para 40%, enquanto a reprovação, ruim e péssimo passou de 60% para 57%.
Esse gás na popularidade do presidente refletiu na simulação do segundo turno com Mandetta. Neste mês, o ex-ministro da Saúde venceria Bolsonaro pelo placar de 42,5% a 40,5%, contra o placar de 46,6% a 36,9% em março. Em janeiro, eles empatavam em 39,9% a 39,6%.
Ciro também derrotaria Bolsonaro, mas dentro da margem de erro, por 41,9% a 40,9%. A margem de erro do levantamento feito com 3.828 eleitores entre os dias 6 e 9 deste mês é de dois pontos para mais ou menos.
Os demais candidatos seriam derrotados por Bolsonaro no segundo turno: 41,6% a 40,9% de Fernando Haddad (PT); 41,2% a 36% de Marina Silva (Rede); 40,9% a 34,8% de Doria; 41,4% a 29,4% de Huck; e 38% a 34,8% de Moro.
Este é mais um levantamento a confirmar a polarização entre Bolsonaro e Lula na disputa da sucessão presidencial em 2022.