Pesquisa da XP/Ipesp mostra que a avaliação positiva do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) caiu pela metade em um ano, de 73% para 35%. Apesar disso, o campo-grandense fica em 2º lugar no ranking nacional, atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com avaliação positiva feita por 39% dos eleitores ouvidos entre os dias 29 e 31 de março em todo o País.
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Mandetta tem avaliação melhor do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com 33% dos eleitores o avaliando positivamente. O ex-ministro consegue superar todos os potenciais adversários na disputa para ser o candidato presidente da República pela centro-direita, como o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (sem partido), com 30%, o apresentador da TV Globo, Luciano Huck (sem partido), com 25%, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 25%, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 22%.
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O ortopedista campo-grandense se manteve em segundo, mas perdeu capilaridade após deixar do Ministério da Saúde em 16 de abril do ano passado. Os constantes alertas feitos sobre a gravidade da pandemia e as duras críticas a Bolsonaro acabaram desgastando a imagem de Mandetta, que oscilou de 73% para 64%, depois 39%, e agora, 35%. Ele só fica abaixo de Lula, com 39%.
O sul-mato-grossense tem o menor índice da taxa negativa: 24%. O índice é o menor entre os potenciais candidatos a presidente da República em 2022. Lula tem a imagem negativa junto a 41% dos brasileiros, enquanto Bolsonaro chega a 46%. Moro ficou com 34%.
O XP Ipesp verificou a nota dos principais políticos do País. Mandetta obteve a avaliação média de 5,2, a maior entre os avaliados. O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (Republicanos), ficou com nota 4,8, seguido por Lula, com 4,7, Moro (4,5), Ciro (4,3), Huck (4,2) e Bolsonaro (4,1).
No momento, a boa imagem na opinião pública não deu musculatura política a Mandetta. O ex-ministro da Saúde obteve apenas 3% na pesquisa sobre a sucessão presidencial do próximo ano, mesmo índice de Doria, e Guilherme Boulos (PSOL).
Pela primeira vez, Lula assume a liderança do levantamento, com 29%, contra 28% de Bolsonaro em eventual primeiro turno. Moro e Ciro aparecem com 9% e o apresentador da Globo, com 5%. Não houve simulação de segundo turno com Mandetta. Lula derrotaria Bolsonaro, 42% a 38%, e Moro, 41% a 36%.
Bolsonaro derrotaria Doria, por 37% a 30%, Boulos, por 38% a 30%, e Luciano Huck, por 35% a 33%, e empataria com Ciro em 38%.
Realizada pela XP, uma das principais agências do mercado financeiro, a pesquisa serve de parâmetro para mostrar qual nome está com maior chance de ser o representante da terceira via. Mandetta tem esperança de ser abençoado como o candidato para disputar os eleitores que não querem nem Lula nem Bolsonaro.
Na avaliação do ex-deputado federal, a maior parte da sociedade brasileira não quer o atual presidente nem a volta do PT ao poder. Apesar de aparecer com apenas 3% na sondagem, ele acredita ter mais chance de chegar a Presidência da República em 2023 do que Lula e Bolsonaro, que possuem, no momento, índices dez vezes maiores.