O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a ser alvo de novo protesto contra o aumento de 20% no ICMS (Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina. Na manhã desta quarta-feira (17), motoristas de aplicativos realizaram megacarreata e promoveram buzinaço contra o encarecimento do produto, que já vem custando entre R$ 5,55 e R$ 5,80 na Capital.
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Cerca de 500 veículos participaram da manifestação, que começou na Avenida Afonso Pena e realizou pit stop do barulho na Governadoria, na Câmara Municipal e na Prefeitura de Campo Grande. Devido à pandemia da covid-19, os motoristas estavam de máscaras e foram orientados a permanecer dentro dos veículos para evitar multa e a proliferação do coronavírus.
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A situação ficou complicada em Mato Grosso do Sul porque o ICMS passou de 25% para 30% no início do ano passado. Reinaldo elevou no aumento da tributação para equilibrar as receitas estaduais, que tiveram redução expressiva na pandemia. No entanto, o tucano vem rejeitando o pedido para reduzir o tributo para aliviar a situação do contribuinte.
Em decorrência da política de preços da Petrobras, que promoveu seis reajustes no preço da gasolina, que acumulou aumento de 54,3% somente neste ano. Os postos estão alterando os preços praticamente toda semana. O Procon até ensaiou uma ofensiva para punir reajustes abusivos, mas acabou não encontrando irregularidades.
Em entrevista ao Midiamax, um dos organizadores do protesto, Alfredo Orlando, disse que o alto preço do combustível compromete a renda dos motoristas de aplicativo. “Impacta diretamente no lucro do motorista, que caiu demais. Além disso, também é um protesto contra as próprias empresas de aplicativo, que não fazem reajuste da tarifa há cinco anos. A gasolina sobe, o custo sobe, mas a tarifa continua a mesma”, explicou.
Além da carreata, os profissionais fazem greve de 24 horas nesta quarta-feira. Com a paralisação da maior parte, o valor da corrida triplicou em alguns horários na Capital. Atualmente, conforme o site, o 99 paga R$ 0,33 por quilômetro, enquanto o Uber remunera apenas R$ 0,25. Eles também querem o fim das promoções, porque acabam elevando ainda mais as perdas.
O Governo do Estado montou mega esquema de segurança na Governadoria, onde fica o gabinete de Reinaldo. A Polícia Militar colocou parte do efetivo e grades para evitar a invasão do local pelos motoristas. Devido à pandemia, o grupo não saiu do carro e realizou um buzinaço de cinco minutos.
Este é o segundo protesto dos motoristas de aplicativo contra o aumento da gasolina. No anterior, eles chegaram a ser recebidos pelo secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Sérgio Murilo. No entanto, o Governo ignorou o pedido para reduzir o imposto sobre a gasolina.
Na sexta-feira (12), o MBL e Nas Ruas de MS promoveram outra carreata contra Reinaldo e pela redução do ICMS sobre a gasolina de 30% para 20%. A manifestação contou com a participação de 46 veículos.