A carreata contra o aumento da gasolina acontece nesta sexta-feira, a partir das 17h, em Campo Grande, e vai mirar o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que promoveu aumento de 20% no ICMS sobre o combustível. A expectativa da organização é de que mobilização tenha sucesso devido aos constantes reajustes nos preços do produto nos últimos meses.
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Na Capital, a gasolina mais barata é comercializada a R$ 5,579, em postos da região Central, mas com pagamento apenas à vista ou no cartão de débito. A maior parte dos estabelecimentos revende o derivado do petróleo entre R$ 5,699 e R$ 5,799.
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A carreata foi convocada pelo MBL-MS (Movimento Brasil Livre) e Nas Ruas de MS, dois movimentos de ruas que fizeram sucesso com as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No ano passado, o grupo convocou um protesto contra o aumento do tributo sobre a gasolina, mas o evento foi um fracasso ao contar com menos de 50 veículos.
De acordo com o coordenador do MBL, Lucas Santos, a carreata tem como finalidade reduzir o ICMS sobre a gasolina de 30% para 20%. Em 2019, o governador, com o apoio de 15 dos 24 deputados estaduais, elevou o tributo de 25% para 30%. MS cobra a 3ª maior alíquota do País.
“Está sendo bem aceito nas redes sociais, até porque praticamente todos os dias os preços estão subindo”, afirmou Lucas, sobre a expectativa do protesto. No mínimo, de 20 a 30 veículos deverão participar do ato, que começa na Avenida Afonso Pena, em frente ao Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
“O Governo do Estado é o único agente político que pode fazer algo mais de imediato”, justificou, sobre o protesto ser contra Reinaldo e ignorar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). “A política econômica do Bolsonaro na Petrobras é semelhante a da Dilma, intervencionista. Para se estabilizar um preço na Petrobras só acabando com o monopólio e privatizando, interferir no peço de forma política fará o dólar subir ainda mais e o real se desvalorizar ainda mais”, explicou o coordenador, sobre a teoria do MBL para os consequentes reajustes pela companhia controlada pelo Governo federal.
Desde dezembro, a Petrobras elevou em 54% o preço da gasolina nas refinarias, de R$ 1,84 para R$ 2,84. O combustível teve seis reajustes apenas neste ano. O diesel teve aumento de 41,3% apenas em 2021 com quatro correções.
“A pandemia vem se agravando né. Imagino que a participação seja tímida”, prevê Lucas, sobre a carreata prevista para hoje. No entanto, ele anunciou que o grupo vai manter a pauta nas redes sociais e pretende apresentar uma série de posts para mostrar ao governador e aos deputados estaduais de onde poderão tirar o dinheiro para compensar a redução de na alíquota do ICMS sobre a gasolina de 30% para 20%.
Esta será a segunda carreata contra o aumento dos combustíveis. Centenas de motoristas de aplicativos realizaram a primeira manifestação, mas não conseguiram sensibilizar o governador. Eles ameaçam acampar na Governadoria para pressionar Reinaldo a reduzir o tributo sobre os combustíveis.