O ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) responsabilizou o PTC, partido pelo qual disputou o Senado em 2018, pelo calote em uma gráfica e advogado. Sobre a volta da ação da propina de US$ 1 milhão em Pasadena à 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato, ele anunciou que vai recorrer para manter a denúncia na Justiça Eleitoral.
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O presidente regional do PTB não gostou da divulgação das ações de cobrança referente a campanha frustrada de senador. O Centro Gráfico Ruy Barbosa cobra R$ 167,8 mil referente a impressão de santinhos, bottons e adesivos.
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Já o advogado Laércio Arruda Guilhem, que prestou serviço a família do ex-senador desde 2002, acabou rompendo relações após o calote. Conforme ação judicial de julho do ano passado, Delcídio e o PTC, antigo partido, prometeram pagar R$ 60 mil em duas parcelas pela assessoria jurídica, já que ele ingressou com ação na Justiça para recuperar os direitos políticos, mas não pagaram. Nem o acordo de quitar o débito em três parcelas de R$ 20 mil foi cumprido.
“O PTC assumiu a dívida e não pagou, o que ensejou a ação”, informou Delcídio. Após ser expulso do PT em 2016, após ser preso acusado de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, Delcídio tentou retomar à política pelo PTC. Ele ficou em 7º lugar ao obter 109.927 votos.
Delcídio também anuncio que vai recorrer contra a decisão do juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, da 8ª Zona Eleitoral de Campo Grande, de devolver a ação sobre a propina de US$ 1 milhão em Pasadena. Em despacho publicado na semana passada, o juiz Luiz Antônio Bonat, sucessor de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, aceitou a decisão e margou o interrogatório dos réus para concluir o julgamento.
“Inexoravelmente retorna ao eleitoral!!!”, ressaltou o ex-senador, garantindo que recorrerá contra a manutenção da denúncia na vara da Lava Jato. “Temos todos os subsídios necessários!!!”, garantiu.
A denúncia contra Delcídio e os demais réus na Lava Jato foi recebida no dia 14 de março de 2018. Testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas no Brasil, na Espanha e no Uruguai. Os Estados Unidos não aceitaram colaborar porque o acordo com o governo brasileiro não permite obtenção de provas.
Na delação premiada firmada com a Força-Tarefa da Lava Jato, Delcídio admitiu que recebeu propina de US$ 1 milhão no esquema da refinaria do Texas, nos Estados Unidos. O valor equivale a R$ 5,7 milhões na cotação do dólar de ontem.
O recurso pode suspender novamente o julgamento até a Justiça definir a competência para a continuidade do processo.