O empresário Sérgio Murilo Nascimento Mota, presidente regional do Podemos, é cotado para assumir o cargo de secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica. Ele é dono de uma empresa que tem contrato de R$ 56,4 milhões com a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), firmado já na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).
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A ida de Sérgio Murilo, como o empresário é conhecido para a gestão tucana, deve ser acertada neste final de semana em reunião com o governador. Ele poderá substituir Eduardo Riedel, que deve assumir a Secretaria Estadual de Infraestrutura após o PSDB vetar o retorno de Marcelo Miglioli, que seria o preferido de Reinaldo para a pasta.
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A reforma no secretariado faz parte do projeto tucano de se fortalecer visando as eleições de 2022. Riedel é o principal nome do PSDB para disputar o cargo de governador, enquanto Reinaldo poderá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados ou no Senado.
A mudança começou com a exoneração o vice-governador Murilo Zauith (DEM) do comanda da secretaria de Obras. Aliás, as rusgas com o vice pode levar Reinaldo a concluir o mandato para não entregar o Governo ao democrata, repetindo os antecessor, Zeca do PT e André Puccinelli (MDB), que descartaram disputar o Senado para não deixar o cargo para o vice.
As mudanças seriam anunciadas na semana passada. No entanto, não houve acordo entre o governador e a cúpula do PSDB. Inicialmente, Reinaldo cogitou nomear Miglioli para a Seinfra, com o qual estava rompido desde a disputa pela reeleição em 2018. Os tucanos vetaram o acordo e acertaram a ida de Riedel para a Secretaria de Infraestrutura.
O governador cogitou o médico veterinário Ademar Silva Júnior para a Semagro e o remanejamento de Jaime Verruck para a poderosa Segov. Nos últimos dias, houve sinalização de se oferecer a vaga de Riedel para Sérgio Murilo, sacramentando acordo com a deputada federal Rose Modesto (PSDB), que vinha sinalizando intenção de deixar o ninho tucano na abertura da janela partidária em março do próximo ano.
Sérgio Murilo é dono da Enter Home, contratada por R$ 56,422 milhões pela Sanesul para realizar a leitura informatizada dos hidrômetros com faturamento e emissão simultânea das contas de água e esgoto em 68 municípios.
No ano passado, ele cogitou disputar a prefeitura de Campo Grande, mas desistiu na reta final. O Podemos lançou a delegada Sidnéia Tobias, que surpreendeu ao ficar em 5º lugar na disputa e eleger três vereadores.
A intenção de ingressar na política pode ser um dos motivos do empresário deixar a empresa em nome dos filhos, Danilo e Daniel de Toledo Barros Mota, e do cunhado, Antônio Marcos de Toledo Barros. No entanto, esta não será a primeira experiência de Mota no poder público. Ele foi presidente da Lotesul na gestão de Wilson Barbosa Martins (MDB). Também não será o primeiro integrante da equipe do emedebista a integrar a gestão de Reinaldo, que já nomeou Nelson Barbosa Tavares na Secretaria de Saúde e Rudel Trindade, na MS-Gás e Detran.