Simone Tebet (MDB) obteve o apoio público da deputada estadual de São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), famosa por ter proposto o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Primeira mulher a concorrer à presidência do Senado, a emedebista não é unanimidade entre as senadoras.
[adrotate group=”3″]
De acordo com o jornal Valor Econômico desta segunda-feira (18), das 12 integrantes do sexo feminino no parlamento, cinco apoiam a sul-mato-grossense: três do MDB, que inclui a própria candidata, uma do PSDB (Mara Galabrini) e outra do Cidadania (Eliziane Gama).
Veja mais:
Caciques do MDB cogitam retirar candidatura de Simone para evitar desgaste com Bolsonaro
Racha no PSDB e Podemos enfraquece candidatura de Simone à presidência do Senado
MDB lança Simone Tebet para disputar presidência do Senado com candidato de Bolsonaro
Simone ganha espaço no MDB e Renan Calheiros busca nome “novo” na disputa do Senado
O adversário na disputa, o senador Rodrigo Pacheco (DEM) teve o voto de cinco mulheres no Senado: três do Progressistas, uma do Democratas e outra do PROS. Soraya Thronicke (PSL) e Leila Barros (PSB) ainda não se pronunciaram porque aguardam a definição da bancada dos seus respectivos partidos.
O jornal econômico relata que Simone aposta na mobilização feminina para fazer história. Em 197 anos, nunca uma mulher presidiu o Congresso Nacional. No entanto, a tarefa não promete ser fácil, já que, oficialmente, Pacheco conta com 44 votos contra 28 da senadora sul-mato-grossense.
Janaína Paschoal postou no Twitter apoio à candidatura de Simone e pediu o apoio do Movimento Muda Senado, que é composto pelos senadores a favor da Lava Jato, de medidas mais duras de combate à corrupção e da prisão em segunda instância.
“Peço aos amigos do Muda Senado que apoiem a Senadora Simone Tebet à Presidência da Casa! Ela tem a ponderação que o cargo requer, tem experiência e consistência. Seria o momento de o grupo compor em torno de pautas, pela mudança do Senado e pela mudança do Brasil!”, defendeu a deputada paulista.
Na semana passada, jornais deram destaque aos caciques do MDB, que estariam fazendo corpo mole com a candidatura de Simone para não se desgastar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O capitão já se manifestou a favor da candidatura de Pacheco, candidato presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
O único a sair do anonimato e se manifestar publicamente a favor de Simone foi o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, de Pernambuco. “Manifesto meu total apoio à candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência do Senado pelo MDB. Unido, o MDB, que possui a maior bancada no Senado, marcha junto com Simone, que reúne os predicados para liderar a Casa neste momento de grandes desafios que o País enfrenta”, postou.
No entanto, o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, de Alagoas, e o líder de Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes, do Tocantins, ainda não se pronunciaram publicamente sobre a candidatura de Simone.
Além dos caciques, o racha no PSDB e no Podemos frustrou os planos da ex-prefeita de Três Lagoas de repetir a trajetória do pai, o senador Ramez Tebet. Dos sete tucanos, quatro vão votar no adversário de Simone. Já na bancada do Podemos, dois dos nove não devem votar na emedebista.
A eleição está prevista para o dia 1º e o vencedor precisa ter, no mínimo, 41 dos 81 votos para assumir a presidência do Senado.