A candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) perdeu força nesta quarta-feira (13) com o racha nas bancadas do PSDB e do Podemos. Na disputa com o candidato de Jair Bolsonaro (sem partido) e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), a sul-mato-grossense só conseguiu garantir 28 dos 34 votos previstos.
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A presidente da Comissão de Constituição e Justiça conseguiu o apoio oficial do Podemos, anunciado pelo senador Álvaro Dias, do Paraná. No entanto, apenas sete dos nove senadores do partido declararam apoio à emedebista. Romário, do Rio de Janeiro, e Marcos do Val, do Espírito Santo, devem votar em Rodrigo Pacheco (DEM), de Minas Gerais.
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O PSDB também frustrou a emedebista. Dos sete senadores, apenas três se comprometeram a votar em Simone: Tasso Jeressaiti, do Ceará, José Serra e Mara Gabrilli, de São Paulo. Outros quatro – Plínio Valério, do Amazonas, Roberto Rocha, do Maranhão, Rodrigo Cunha, de Alagoas, e Izalci de Lucas, do Distrito Federal – vão votar no democrata.
Com o apoio dos três senadores do Cidadania, Simone passa a contar com o apoio de 28 senadores. Os quatro partidos contam com 34 parlamentares. O principal adversário da senadora sul-mato-grossense passa a contar, oficialmente, com o apoio de 45 senadores. Teoricamente, Pacheco está com a eleição garantida para presidir o Senado.
No entanto, o candidato de Bolsonaro e Alcolumbre ainda não poderá cantar vitória. Simone Tebet conta com traições para se sagrar como zebra na disputa e derrotar o candidato do DEM, que conta com o apoio das principais bancadas, como PSD, PSC, Republicanos, PROS e Progressistas.
Para ganhar, o candidato precisará contar com 41 dos 81 senadores. Na última disputa, em que garantiu a eleição do atual presidente, houve a contagem de 82 votos em uma votação marcada por polêmica e suspeita de fraude.
Simone não conseguiu unir nem a bancada de Mato Grosso do Sul no Senado. Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad (PSD) vai acompanhar o partido e votar no candidato de Minas Gerais. Ele cogita disputar o Governo do Estado em 2022. Caso vença a disputa no dia 1º, a emedebista pode se transformar em principal adversário do ex-prefeito de Campo Grande.
A senadora Soraya Thronicke (PSL) não se manifestou sobre a disputa. Em postagem na semana passada, ela cobrou o retorno dos parlamentares ao trabalho para acompanharem de perto a disputa pelo comando da Câmara e do Senado.
Simone vê ficar mais longe o sonho de repetir a trajetória do pai, senador Ramez Tebet (MDB), que foi eleito presidente do Congresso Nacional em 2001.