O MDB decidiu lançar a candidatura da sul-mato-grossense Simone Tebet para disputar a presidência do Senado pelo partido. Ela vai enfrentar o senador Rodrigo Pacheco (DEM), de Minas Gerais, que conta com o apoio dos presidentes do Congresso, David Alcolumbre (DEM) e da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
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A senadora acabou se sagrando após a desistência dos líderes do Governo no Congresso, Fernando Bezerra Coelho, de Pernambuco, e no Senado, Eduardo Gomes, do Tocantins. O último a desistir, após perder o apoio do PT, foi o líder da bancada, Eduardo Braga, do Amazonas.
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Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone dá mais um passo para seguir a trilha do pai, Ramez Tebet, que acabou sendo eleito presidente do Senado em 2001. Na época, ele acabou se sobressaindo após a guerra fraticida entre os caciques Jader Barbalho (MDB) e Antônio Carlos Magalhães (PFL).
No entanto, a senadora terá disputa difícil. Pacheco tem o aval de Bolsonaro e conseguiu ter o apoio do PSD, dono da segunda maior bancada com 12 senadores, e do PT, principal partido de oposição. Até o momento, o democrata conta com o apoio de 32 parlamentares do DEM, PSD, PT, PROS, Republicanos, PL e PSC.
Com a filiação de Rose de Freitas, do Espírito Santo, e Veneziano Vital Rego, da Paraíba, o MDB passará a contar com 15 senadores. Simone espera ampliar o apoio ao obter a adesão do Podemos, com 10 parlamentares, e do PSDB, com sete. Ela pode alcançar 32 senadores.
Para vencer a disputa, o senador precisa contar com o apoio de 41 dos 81 senadores. A eleição ocorerrá no dia 1º de fevereiro. Caso seja vencedora, Simone ganha força para disputar a reeleição em 20222, quando haverá a renovação da sua cadeira.
De acordo com o Congresso em Foco, o Progressistas vai apoiar a candidatura de Pacheco, deixando o mineiro mais perto da vitória. No entanto, como a votação é secreta, o parlamento espera traições e surpresa na abertura das urnas.
Defensora da Lava Jato e da prisão em segunda instância, Simone conta com a simpatia do Movimento Muda Senado. Ainda podem decidir o pleito o PDT (4) e Rede (2).
Esta é a segunda vez que Simone tenta disputar a presidência do Senado. Em 2018, ela perdeu a disputa na bancada para o senador Renan Calheiros, de Alagoas. No plenário, ela foi contra o emedebista e fez campanha para Alcolumbre, que acabou sendo eleito em troca da presidência da Comissão de Constituição e Justiça.