A senadora Simone Tebet (MDB) ganhou espaço na disputa interna para ser a candidata a presidente do Senado pelo MDB. Ao ver o avanço da desafeta no partido, o senador Renan Calheiros (MDB), ex-presidente do Congresso por três mandatos, tenta emplacar um novo alternativo para enfraquecer a sul-mato-grossense.
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De acordo com a CNN Brasil, Calheiros passou a trabalhar pela candidatura dos senadores de sua confiança, como Marcelo Castro, do Piauí, e Márcio Bittar, do Acre. O alagoano preferia o senador Eduardo Braga, do Amazonas. No entanto, o emedebista avalia que ele não terá força para derrotar Rodrigo Pacheco (DEM), de Minas Gerais, defendido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
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Maior bancada no Senado, com 13 senadores, o MDB tem quatro pré-candidatos a presidente: o líder da bancada, Eduardo Braga, o líder do Governo no Casa, Eduardo Gomes, do Tocantins, o líder do Governo no Congresso, Fernando Bezerra, e Simone, presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
Conforme a CNN, Calheiros detectou leve favoritismo da senadora sul-mato-grossense entre os emedebistas. O presidente da sigla, Baleia Rossi, de São Paulo, que virou o candidato do grupo de Rodrigo Maia (DEM) e da esquerda para presidir a Câmara dos Deputados, também teria sinalizado preferência por Simone. Ele acredita que ela aumenta a sensação de renovação no MDB.
Na última eleição, Renan Calheiros ganhou a disputa de Simone Tebet na bancada do partido, mas acabou perdendo a eleição para Alcolumbre. A sul-mato-grossense apoiou o atual presidente do Senado em troca da Comissão de Constituição e Justiça.
Pesquisa feita pelo site Congresso Em Foco mostra favoritismo de Simone entre os senadores. No entanto, ela vai precisar convencer os colegas de partido de que é o melhor nome do MDB para enfrentar Rodrigo Pacheco.
Para melar a articulação do MDB, Davi Alcolumbre tenta usar a mesma estratégia que o elegeu pela primeira vez. Como Renan Calheiros tem influência no partido, ele ofereceu a Comissão de Constituição e Justiça ao alagoano em troca do apoio a Pacheco.
A segunda maior bancada é do PSD, com 12 senadores. O partido tem resistência ao democrata mineiro e cogita lançar candidato próprio para presidir o Congresso. O mais cotado é o senador Antonio Anastasia, de Minas Gerais. Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad (PSD) corre por fora.
Esta pode ser a última chance de Simone repetir a trajetória do pai, o senador Ramez Tebet (MDB). Em decorrência da briga de gigantes entre os caciques da época, Antônio Carlos Magalhães e Jader Barbalho, o sul-mato-grossense acabou sendo eleito presidente do Senado.
O mandato de Simone termina em 2022. Ela terá poderá ter uma batalha dificílima pela recondução, porque a sua vaga está na mira do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (DEM), do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (sem partido) e do procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante).