Em meio as polêmicas manifestações a respeito da pandemia da covid-19 e denúncias envolvendo os filhos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conseguiu reverter a má avaliação em sete meses e termina o ano sendo aprovado por 42,82% dos sul-mato-grossenses. A constatação é da pesquisa do Instituto Ranking, realizada com 1,7 mil eleitores entre os dias 7 e 13 deste mês em 20 cidades.
[adrotate group=”3″]
Em maio, logo após as demissões dos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e de Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a avaliação do presidente bateu recorde negativo no Estado. Na época, 42,06% dos sul-mato-grossenses avaliaram Bolsonaro como ruim ou péssimo, enquanto apenas 26,29% o aprovavam.
Veja mais:
Em MS, 42% avaliam Bolsonaro como ruim e péssimo após vídeo e pandemia, diz pesquisa
Popularidade de Bolsonaro cresce diante de ataques e supera Reinaldo em MS, diz Ranking
100 dias: medidas amargas e denúncias não abalam Reinaldo, mas Bolsonaro sofre desgaste
Em dezembro, o capitão termina o segundo ano de mandato com 42,82% dos eleitores o avaliando como ótimo ou bom, contra 22,06% que o avaliam como ruim ou péssimo. No período, o índice de regular oscilou de 28,35% para 31,18%.
O humor do morador de MS com o presidente melhorou até em relação a novembro do ano passado, quando a avaliação positiva superava a negativa. Naquela época, 38,23% avaliavam Bolsonaro como ótimo/bom, enquanto 20,6% o apontavam como ruim/péssimo.
Apesar da boa avaliação no Estado, Bolsonaro não teve êxito nas eleições deste ano. Na Capital, nenhum candidato a vereador foi eleito tendo o presidente da República como principal cabo eleitoral. Também não houve a eleição de nenhum prefeito alinhado automaticamente com o atual chefe de Governo.
Um dos problemas foi que Bolsonaro saiu do PSL após briga com os dirigentes nacionais da sigla. Ele tentou criar a Aliança pelo Brasil, mas não houve a coleta de assinaturas suficiente para a criação da legenda a tempo das eleições municipais. Caso não consiga mobilizar a sociedade para fundar a nova legenda, ele pretende se filiar a um partido existente até março de 2021.
A boa aprovação de Bolsonaro ocorre mesmo com as manifestações polêmicas em torno da pandemia. No início da propagação do coronavírus, que já matou mais de 180 mil brasileiros, ele chegou a classificar a covid-19 como “gripezinha”.
Atualmente, Bolsonaro vem travando guerra com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em torno da vacina. O paulista quer produzir e aplicar a coronavac, produzida pelo Instituto Buntatan em parceria com a China.
O presidente ainda não informou quando pretende começar a vacinação em massa da população brasileira. Estados Unidos, China, Rússia e Reino Unido já começaram a imunizar a população contra a covid-19.
Um dos principais motivos para a boa avaliação do presidente é o pagamento do auxílio emergencial para trabalhadores desempregados, autônomos e famílias carentes durante a primeira fase da pandemia. Inicialmente, o valor foi de R$ 600 por mês, enquanto o Bolsa Família pagava R$ 180.