O prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad enviou um ofício para o diretor-presidente do Instituto Butantan Dimas Covas com objetivo de negociar a compra de 200 mil vacinas contra a covid-19. A informação foi publicada pela jornalista Silvia Frias, no site Campo Grande News. Conforme a matéria, que traz uma reprodução do ofício encaminhado no último dia 8, Marquinhos tenta garantir o produto para imunizar idosos e profissionais de saúde. O prefeito também questiona se as doses são acompanhadas de seringa e agulha.
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Ainda de acordo com a matéria, Marquinhos tenta garantir a imunização com a aplicação da legislação que prevê autorização emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importação e distribuição de materiais, medicamentos, equipamentos e insumos registrados por autoridade sanitária estrangeira.
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A produção da vacina Coronavac pelo Instituto Butantan ocorre em parceria com a farmacêutica Sinovac, que já passou por inspeção da Anvisa no início de dezembro. Como o processo ainda está em curso e há indisposição entre o governador de São Paulo, João Dória, e o atual Presidente da República, não há previsão para a liberação do uso do produto no Brasil.
Sobre o tema, explica a matéria no Campo Grande News, o prefeito conversou com o diretor-presidente do Butantan e com João Dória, de quem recebeu explicações de que “a verdade é que nenhuma dessas vacinas têm documentos para registro, o que se busca em um estado emergencial, que se proceda registro”.
Marquinhos disse, ainda, que não pode “ficar esperando Bolsonaro se vai dar ou não dar, se Pazuello vai dar ou não, eu tenho que correr atrás; preciso sair na frente, ser o primeiro da fila”. Há expectativa por parte do prefeito de vacinar a partir de janeiro.
A partir de amanhã, Campo Grande terá 27 unidades para realização do teste de covid-19
Com o aumento das infecções pelo Sars-Cov-2, Campo Grande recebeu um reforço de 13 unidades para testes. Agora são 27 e que estarão em atendimento total a partir de sexta-feira, 11. A ampliação da capacidade de testes resulta de um convênio entre as secretarias de Saúde do município e do Estado de Mato Grosso do Sul. De acordo com nota publicada no site da SES, a média diária será de 600 amostras que serão processadas no Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul). Os exames podem ser agendados pelo telefone 0800 647 0911.
De acordo com a SES, haverá exames nas unidades de saúde dos bairros Botafogo, Cristo Redentor, Clínica da Família Caiobá, Estrela Dalva, Iracy Coelho, Jardim Azaleia, Jardim Noroeste, Los Angeles, Mata do Jacinto, Universitário, Vila Fernanda e Zé Pereira.
Nos fins de semana, os testes podem ser feitos na Clínica da Família Nova Lima e nas USF Coophavilla e Parque do Sol. Segue também o trabalho já realizado no Batistão, Parque do Sol, 26 de Agosto, Tiradentes, Dona Neta, Moreninha, Vila Nasser, Oliveira Nova Bahia, São Francisco, Aero Itália e Albino Coimbra.
Saúde em Campo Grande opera acima da capacidade e MS contabiliza 1.315 novos casos de covid-19 em 24 horas
A taxa de ocupação dos leitos clínicos para o tratamento da covid-19 chegou a 60% nesta quarta-feira, como apontam os dados do boletim epidemiológico de Mato Grosso do Sul divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). A pressão é maior sobre os leitos para tratamento intensivo, que registram ocupação de 91%. Entre as 615 internações, 240 ocorrem em UTI’s. Entre os quatro pólos estaduais, Três Lagoas é o único que registrou 48% de ocupação, enquanto Dourados tem 78%, Corumbá 94% e Campo Grande opera acima da capacidade, com 105%. Segundo informação que consta no boletim, o município de Campo Grande está tratando pacientes de covid-19 em leitos ainda não habilitados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A medida emergencial resulta do aumento do número de casos, foram 1.314 em 24 horas, período em que ocorreram 18 mortes em consequência das complicações da infecção pelo Sars-CoV-2.
Países ricos compram 53% de toda a vacina produzida e 67 nações pobres correm o risco de não imunizar a população em 2021
O acúmulo de doses das vacinas contra o Sars-Cov-2 por nações ricas está levantando preocupações entre entidades que atuam com populações pobres, como a Anistia Internacional. Um relatório da People´s Vaccine Alliance afirma que nações ricas acumularam doses suficientes para imunizar as populações em, até, três vezes. Isso faz com que 67 países corram o risco de não vacinar no próximo ano. Além dos países europeus, há exemplos como o do Canadá, que comprou vacinas para imunizar a população ao menos três vezes. Até o momento, 53% de toda a vacina produzida no mundo já foi comercializada.
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Em dezembro de 2019, as autoridades de chinesas de informaram a OMS (Organização mundial de Saúde) sobre o surto de uma nova doença, que foi nomeada posteriormente de covid-19. Em 11 de março, a OMS anunciou que as infecções atingiam proporções epidêmicas. Os dados sobre casos e mortes são fornecidos pela Universidade Johns Hopkins, mas podem não representar a totalidade por conta da subnotificação registrada em muitos países, como o Brasil, que mudou a sistemática de divulgação dos indicadores relativos à covid-19.
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