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    Ação recolhe bancas do jogo do bicho e põe fim a tolerância com a contravenção por 40 anos

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt09/12/20205 Mins Read
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    Operação da prefeitura, com apoio do Garras, recolhe banca do jogo do bicho e põe fim a quatro décadas de faz de conta (Foto: Reprodução)

    Operação do Garras (Delegacia Especial de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) começou a recolher, nesta quarta-feira (9), as bancas do jogo do bicho. A ofensiva sinaliza fim da tolerância velada com a contravenção penal, que rendeu uma fortuna à família Name e perdurou por mais de quatro décadas na Capital.

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    A atividade era mantida por Jamil Name, 81 anos, preso desde 27 de setembro do ano passado na Operação Omertà acusado de comandar a maior e mais estruturada organização criminosa na história de Mato Grosso do Sul. Conforme a Operação Arca de Noé, denominação da 6ª fase da Omertà, o dinheiro do jogo do bicho passou a ser lavado por meio do Pantanal Cap, que era comercializado junto com as apostas ilegais.

    Veja mais:

    Juíza prendeu gerentes do jogo do bicho para sufocar braço financeiro de grupo criminoso

    Relatório reservado mostra que ditadura militar sabia, mas não fechou jogo do bicho em 1981

    Operação quer lacrar 400 barracas do jogo do bicho, a “mina de ouro” de Jamil Name

    Apesar de ser considerado contravenção, a jogatina sempre funcionou livremente na Capital. Bancas de apostas funcionavam até na frente de delegacias ou outras unidades de segurança pública. O Fantástico, da TV Globo, chegou a flagrar apostas feitas dentro da Assembleia Legislativa, quando a casa era presidida por Jerson Domingos, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e cunhado de Jamil Name.

    A atividade é tão antiga que até o Exército Brasileiro registrou a exploração da atividade em relatório do SNI (Serviço Nacional de Inteligência) em 1981. “No ano de 1980, observou-se uma expressiva evolução do funcionamento de cassinos e de bancas do chamado JOGO do BICHO em Campo Grande. Esses locais, aqueles em que são realizados as apostas, são de conhecimento popular, sendo comum observar-se pessoas realizando e conferindo os cartões das apostas, de forma ostensiva”, registraram os arapongas em relatório encaminhado à cúpula das Forças Armadas na época da ditadura militar.

    Em 2006, durante a Operação Xeque Mate, a Polícia Federal chegou a intimar Jamil Name e prendeu o seu filho, Jamil Name Filho. Contudo, o alvo era a exploração da jogatina por meio de caça níqueis. Apesar de ser notório na cidade, o jogo do bicho sobreviveu incólume.

    O prestígio e o poder de Jamil Name foram uma lenda na Capital. Amigo de desembargadores, delegados, políticos, juízes e policiais, nem ele acreditou na prisão em setembro do ano passado. Ao deixar a mansão no Jardim Bela Vista, ele despediu-se da esposa, a ex-vereadora Tereza Name, com a profética frase – “até amanhã, querida” – que acabou não se cumprindo.

    A cada nova fase da Omertà, o Garras e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foram complicando a situação do poderosíssimo empresário e dilapidando o prestígio com os “amigos” influentes. Inicialmente, a acusação era a formação de milícia privada e o arsenal de guerra.

    Em seguida, ao revelar as brutais execuções na cidade, a Força-Tarefa ligou Jamil Name o assassinato do universitário Matheus Coutinho Xavier, 20 anos. Depois, a denúncia de que o empresário Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, foi executado por motivo torpe – um tapa em Jamilzinho dentro uma boate.

    Na 3ª ofensiva, a investigação o ligou ao compadre, outro poderoso e lenda na política estadual, Fahd Jamil, conhecido como o rei da fronteira. Na 4ª fase, com a Operação Black Cat, o Gaeco e o Garras investiram na mina de ouro do suposto grupo de extermínio, o jogo do bicho.

    Na 5ª fase chegou a um dos integrantes do braço político, o vereador Ademir Santana (PSDB). Na 6ª fase, com a Arca de Noé, o grupo prendeu os gerentes do jogo do bicho, identificou os 47 motociclistas responsáveis pela rota das apostas e conseguiu liminar para interditar o Pantanal Cap, acusado de lavar o dinheiro do jogo do bicho.

    Os 13 gerentes da atividade, inclusive Darlene Luíza Borges, a Dadá, considerada a chefona do jogo do bicho, continuam atrás das grades. A reabertura do Pantanal Cap depende da desembargadora Elizabete Anache, relatora do mandado de segurança no Tribunal de Justiça.

    Responsável pela venda dos títulos de capitalização e filho de Jamil Name, o deputado estadual Jamilson Lopes Name (sem partido) nega que a empresa seja lavanderia do jogo do bicho. Ele até constituiu uma nova empresa para tirar o pai e o irmão, presos na Penitenciária Federal de Mossoró, da sociedade.

    Agora, com a retirada das famosas barraquinhas do jogo do bicho, a Polícia Civil tenta sepultar de vez a atividade na Capital. A operação deverá levar vários dias. No total, as apostas eram feitas em 510 lugares. As bancas estão sendo retiradas porque não há licença para a instalação nem alvará de funcionamento nas calçadas.

    Decidiu-se cobrar a mesma regra, que há tempos só era exigida dos donos de bares e restaurantes, de que a calçada é livre para o pedestre.

    Fábio Peró, do Garras, entrou na mira de organização criminosa ao comandar a Omertà com o Gaeco (Foto: Arquivo)

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