A senadora Simone Tebet (MDB) voltou a ser cotada para presidir o Senado a partir de fevereiro de 2021. No entanto, com veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a sul-mato-grossense conta com a sorte para suceder David Alcolumbre (DEM) e seguir os passos do pai, o senador Ramez Tebet (MDB), que acabou presidindo o Congresso Nacional após briga entre os caciques da época.
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A sul-mato-grossense espera ser beneficiada pelo mesmo cenário. Com o veto do Supremo Tribunal Federal à reeleição no Senado e na Câmara dos Deputados, a sucessão ficou em aberto e o próximo presidente deve ser indicado pelo MDB, que possui a maior bancada com 13 senadores.
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Bolsonaro simpatiza com dois nomes da sigla, o atual líder do Governo no Congresso, senador Fernando Bezerra Coelho (PE), e o líder no Senado, Eduardo Gomes (TO). O emedebista Eduardo Braga (AM) corre por fora nas articulações.
Simone corre por fora e espera contar com o apoio do movimento Muda Senado, que já lhe apoiou em 2019. Na época, ela perdeu a disputa no partido para Renan Calheiros. No entanto, indignada com o alagoano, ela mandou a fidelidade partidárias às favas e apoiou Alcolumbre. Em troca, a senadora assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça.
Ao site O Antagonista, vários senadores saíram em defesa de Tebet para o comando do Congresso. “Está na hora determos uma mulher à frente do Poder Legislativo”, propôs a senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Distrito Federal. “Gosto muito do nome da Simone Tebet para a presidência do Senado”, disse Oriovisto Guimarães (Podemos). No entanto, o Movimento Muda Senado já tem outros dois pré-candidatos, Major Olímpio (PSL) e Jorge Cajuru (Cidadania).
O PSD, dono da segunda maior bancada com 12 senadores, também pleiteia o cargo. O mais cotado no partido é o senador Antônio Anastasia, de Minas Gerais, que já foi do PSDB. Ele assume o papel de favorito por manter boas relações com o Governo, defender agenda liberal e ser independente.
O senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores, também passou a ser cotado como um dos nomes do PSD. Ele poderia ter o aval do presidente da República. No entanto, o ex-prefeito da Capital também precisaria de sorte para assumir o comando da Casa.
A eleição para a presidência do Senado seria estratégia para impulsionar Simone na reta final do mandato. Deputada estadual, prefeita de Três Lagoas e vice-governadora, ela vai disputar a reeleição em 2022 e poderá ter uma disputa acirrada pelo cargo.
Além do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a vaga de Simone poderá ser disputada pelo juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (sem partido), pela ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (DEM), e pelo procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante).
Caso assuma o comando do Senado, Simone teria um upgrade e ganharia musculatura para ter uma reeleição mais fácil.