Alvo da 6ª fase da Operação Omertà, o deputado estadual Jamilson Lopes Name (sem partido) afirmou que vai “estabelecer a verdade” e retomar a comercialização do Pantanal Cap. Nesta quarta-feira, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Garras (Delegacia de Repressão a Assaltos a Banco, Roubos e Sequestros) lacraram o estabelecimento, que teve as atividades suspensas por determinação judicial.
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Além a suspensão da venda dos títulos de capitalização, a juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou a prisão preventiva de 13 pessoas e o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão. Os policiais estiveram na casa e no escritório do deputado.
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Ao se manifestar sobre a operação, no grupo de WhatsApp Eleições, Name defendeu a legalidade da venda do título de capitalização. “É totalmente irregular”, afirmou, sobre a decisão judicial, determinando o lacre da empresa.
“O Pantanal Cap nada mais é que um título de capitalização premiado,” explicou. Em seguida, Jamilson destacou que o título é emitido pela Aplub Capitalização, uma empresa gaúcha com sede em Porto Alegre.
O parlamentar disse que a Aplub recolhe todos os impostos federais previstos e ainda repasse parte da renda obtida para a APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais). Do total arrecadado com a venda, 5% é destinado à instituição, que conta com 60 filiais em Mato Grosso do Sul. Além disso, conforme o deputado, há um percentual que varia de acordo com o montante gasto com publicidade e distribuição.
No Estado, a comercialização e distribuição é feita por meio da Fena Consultoria e Assessoria Empresarial, constituída por Jamilson Lopes Name no dia 10 de janeiro deste ano. Ele explicou que houve a mudança em decorrência da Operação Omertà, já que algumas instituições pediram a exclusão do nome do pai, Jamil Name, e do irmão, Jamil Name Filho, das operações. Os dois estão presos desde 27 de setembro do ano passado.
“A minha atividade é legal e lícita. Estou muito tranquilo e confiante na Justiça”, assegurou Jamilson. Ele disse que tem os contratos com a Aplub e com os distribuidores. Os prêmios e os tributos são pagos pela empresa gaúcha.
O deputado ressaltou que provará que o Gaeco e o Garras não poderiam fazer a operação contra a Pantanal Cap, porque o título de capitalização é comercializado com base em lei federal e com aval da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
Esta é a 6ª fase da Operação Omertà. Entre os presos, conforme o Campo Grande News, está Darlene Luíza Borges, considerada como gerentona do jogo do bicho na Capital. Ao site, o advogado Marcelo Radaeli Silva negou que a mulher tenha função de comando geral da contravenção na cidade.