Os candidatos a prefeito de Campo Grande declararam receita de R$ 8,590 milhões na campanha deste ano. Das quatro campanhas milionárias, com exceção de Marquinhos Trad (PSD), três movimentaram mais de um milhão, mas fracassaram nas urnas com votação pífia.
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Com base na declaração feita ao Tribunal Regional Eleitoral, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) obteve a maior receita entre os 15 candidatos a prefeito de Campo Grande, com R$ 1,739 milhão. No entanto, o investimento milionário não reverteu em votos, já que o pedetista obteve apenas 6.507 votos, ficando em 10º lugar. O maior doador foi o PDT, com R$ 1,729 milhão.
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A segunda maior receita foi do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli (SD), que informou ter arrecadado R$ 1,517 milhão. O candidato do Solidariedade também fracassou nas urnas ao obter apenas 7.899 votos, ficando em 9º lugar, na frente de Dagoberto, e longe do resultado obtido quando disputou o Senado em 2018. O partido deu R$ 1,105 milhão.
O terceiro maior valor foi declarado por Marquinhos Trad (PSD), com R$ 1,298 milhão. Além de ser o mais votado, o prefeito foi reeleito no primeiro turno com 218.418 votos. O maior doador foi o PSD, com R$ 312 mil.
O 4º maior valor foi arrecadado pela campanha de Márcio Fernandes (MDB), R$ 1,284 milhão. No entanto, mesmo com o apoio ostensivo do ex-governador André Puccinelli (MDB), ele ficou em 6º lugar, com 12.522 votos. O maior doador, de R$ 1,253 milhão, foi o MDB.
O emedebista ficou atrás da delegada Sidnéia Tobias (Pode), que ficou em 5º lugar, com 19.103 votos, apesar de ter declarado receita de apenas R$ 92.850. Todo o valor foi dado pelo Podemos.
Arrecadação e votos
Candidato | Arrecadação | Votos |
Dagoberto (PDT) | 1.739.977,60 | 6.507 |
Marcelo Miglioli (SD) | 1.517.616,66 | 7.899 |
Marquinhos Trad (PSD) | 1.298.513,53 | 218.418 |
Márcio Fernandes (MDB) | 1.284.491,42 | 12.522 |
Vinicius Siqueira (PSL) | 764.500,00 | 34.066 |
Pedro Kemp (PT) | 642.000,00 | 34.546 |
Paulo Matos (PSC) | 350.980,00 | 1.804 |
Esacheu Nascimento (PP) | 306.500,00 | 10.170 |
Marcelo Bluma (PV) | 281.116,00 | 2.657 |
Promotor Harfouche (Avante) | 92.900,00 | 48.094 |
Delegada Sidnéia (Pode) | 92.850,00 | 19.103 |
Guto Scarpanti (Novo) | 90.202,14 | 4.811 |
João Henrique (PL) | 74.174,83 | 10.123 |
Tio Trutis (PSL) | 55.000,00 | 0 |
Total | 8.590.822,18 |
Ela superou Marcelo Bluma (PV), com receita de R$ 281,1 mil, mas apenas 2.657 votos. Toda a receita foi proveniente do próprio partido. Apesar de ter arrecadado R$ 350,8 mil, o ex-secretário municipal de Habitação, Paulo Matos (PSC), também ficou atrás da delegada, com 1.804 votos. O PSC doou R$ 300,4 mil.
A 5ª maior arrecadação foi de Vinicius Siqueira (PSL), com R$ 764,5 mil, sendo R$ 750 mil da executiva nacional da sigla. O vereador obteve 34.066 votos.
Em seguida, aparece o deputado estadual Pedro Kemp (PT), com R$ 642 mil e 34.546 votos. A direção nacional do PT repassou R$ 600 mil. Esacheu Nascimento (PP) teve receita de R$ 306,5 mil, sendo R$ 110,5 mil do próprio partido. O progressista obteve 10.170 votos.
Com 48.094 votos, Promotor Harfouche (Avante) declarou receita de R$ 92,9 mil. Apesar de ter dito que a campanha não teria do fundo eleitoral, por ser público, o candidato aceitou R$ 70 mil do fundo partidário do Avante.
Guto Scarpanti (Novo) arrecadou R$ 90,2 mil, sendo R$ 15,5 mil do próprio partido e R$ 12.095 da vaquinha social. Ele obteve 4.811 votos.
O deputado estadual João Henrique Catan (PL) declarou R$ 74,1 mil, sendo totalmente proveniente do próprio bolso. Ele conquistou 10.123 votos. Até o momento, Cris Duarte (PSOL), com 4.621 votos, não informou o valor gasto na campanha.
Os dados da arrecadação ainda podem ser alterados pelos candidatos junto à Justiça Eleitoral.