A mudança na regra aumentou a injustiça na disputa por uma das 29 vagas na Câmara Municipal de Campo Grande. Apesar de ser mais votado que 26 eleitos, o Veterinário Francisco (PSB) não conseguiu se reeleger vereador. Por outro lado, a vereador Dharleng Campos (MDB) acabou sendo reconduzida, mesmo obtendo menos votos que 25 candidatos.
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O socialista teve 4.223 votos, mas acabou ficando de fora porque o PSB só garantiu uma vaga. O único vereador da sigla foi Carlos Augusto Borges, o Carlão, que foi o 2º mais votado, com 4.826 votos.
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Francisco obteve mais que o dobro de votos da última reeleita neste ano, Dharleng ficou com 1.782 votos. Não foi a única vítima do quociente eleitoral. A emedebista teve menos da metade dos votos do tucano Ademir Santana (4.118), do líder do prefeito na Câmara, Chiquinho Telles, do PSD (3.628) e do preferido do PSDB, Claudinho Serra (3.616). A boa colocação de Santana até levou o site Campo Grande News computar o tucano como reeleito.
Penúltimo colocado na relação dos eleitos, Professor André (Rede) obteve 1.910 votos, quantidade inferior a 19 candidatos. O candidato da Rede substitui Eduardo Romero (Rede), que acabou não sendo reeleito mesmo tendo mais votos do que Dharleng. O vereador conquistou 1.851.
Presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar, coronel Alírio Villassanti (PSL) conseguiu 1.954 votos e acabou sendo eleito, mesmo sendo menos votado que outros 17 candidatos. Ele ganhou a vaga, mesmo sendo superada pela ex-vereadora Luiza Ribeiro, que virou petista nas eleições deste ano e obteve 2.030 votos.
O professor Ronilço Guerreiro (Pode) conquistou a vaga com 2.059 votos, mas foi eleito, enquanto Paulo Lands (Patri) ficou sem a vaga, mesmo tendo 2.113.
Dr. Victor Rocha (PP), com 2.163 votos, Ayrton Araújo (PT), com 2.167, e Marcos Tabosa (PDT), com 2.199, ganharam, mesmo tendo menos votos do que os vereadores Dr. Cury (DEM), com 2.789, Dr. Lívio (PSDB), com 2.772, e Júnior Longo (PSDB), com 2.579.
Dos 29 vereadores na Capital, dois não concorreram à reeleição, porque disputaram outros cargos. Vinicius Siqueira (PSL) disputou a prefeitura, enquanto André Salineiro (Avante) disputou a reeleição. Dos 27, 12 conseguiram a reeleição e 15 perderam nas urnas.
Os números mostram que a injustiça no pleito continua. A regra atual vale mais para valorizar a fidelidade partidária, algo raro na classe política brasileira, que se renova mudando de partido a cada eleição.
Veja quem ficou na frente de vereadora reeleita pelo MDB
Candidato | Votação |
Veterinário Francisco (PSB) | 4.223 |
Ademir Santana (PSDB) | 4.118 |
Delei Pinheiro (PSD)* | 3.850 |
Chiquinho Telles (PSD) | 3.628 |
Claudinho Serra (PSDB) | 3.616 |
Rafael Tavares (Repu) | 3.403 |
Fábio Rocha (Repu) | 3.341 |
Amadeu Borges (PSD) | 3.194 |
Maicon Nogueira (PSD) | 2.973 |
Dr. Cury (DEM) | 2.789 |
Dr. Líviio (PSDB) | 2.772 |
Júnior Longo (PSDB) | 2.579 |
Fernandinho (DEM) | 2.537 |
Carla Stephanini (PSD) | 2.454 |
Otávio Figueiró (PTB) | 2.431 |
Paulo Lands (Patri) | 2.113 |
Luiza Ribeiro (PT) | 2.030 |
Tony Gol (Pode) | 1.934 |
Subtenente Edilaine (DEM) | 1.932 |
Major Centurião (Patri) | 1.909 |
Eduardo Romero (Rede) | 1.851 |
Ribeiro (Pode) | 1.826 |
Delegado Wellington (PSDB) | 1.811 |
João Marcelo (PTB) | 1.798 |
Trevizan (PP) | 1.792 |
Dharleng Campos (MDB) | 1.782 |