A Polícia Federal investiga o deputado federal Loester Trutis (PSL), o seu irmão, Carlos Alberto Gomes de Souza, Jovani Batista da Silva e o empresário Ciro Nogueira Fidelis, candidato a vereador da Capital. Flagrado com arma de foto de uso restrito da polícia e do Exército, o parlamentar deverá ficar preso e passar a noite em um presídio na Capital.
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Apesar de ter imunidade parlamentar, Trutis não teve a prisão comunicada à Câmara dos Deputados, em Brasília. Por meio da assessoria, o presidente do legislativa, deputado federal Rodrigo Maia (DEM), não houve comunicado oficial da detenção do parlamentar.
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Trutis foi alvo da Operação Tracker, determinada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Cerca de 50 policiais federais foram as ruas nesta quinta-feira (12) para cumprir 10 mandados de busca e apreensão, sendo nove em Mato Grosso do Sul e um em Brasília.
O objetivo é comprovar os indícios de que Trutis forjou o atentado no dia 16 de fevereiro deste ano na BR-060, a caminho de Sidrolândia. Na época, ele argumentou que foi alvo de nove tiros e escapou por milagre, porque uma das balas acertou a trava de segurança do veículo. O deputado disse que reagiu com pistola calibre 380.
Rosa Weber recebeu o pedido da PF no dia 3 de novembro e autorizou a operação no mesmo dia. Durante um tempo, houve a discussão sobre a competência para analisar o inquérito contra o deputado. A Polícia Federal levou nove dias para organizar a operação.
Conforme o Campo Grande, no despacho, a magistrada determinou exposição indevida do deputado. “Deverá a autoridade policial responsável evitar a exposição indevida especialmente no cumprimento da medida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, bem como evitando o uso de armamento ostensivo”, determinou.
Trutis, o irmão, Ciro e Jovani são investigados por falsa comunicação de crime, disparos de arma de fogo e porte ilegal de arma.
Inicialmente, a PF apenas cumpriria os mandados de busca e apreensão. No entanto, em decorrência da localização de arma de uso restrito, que seria um fuzil, conforme o apurado, o deputado teve a prisão em flagrante.
Fontes extraoficiais confirmaram que o parlamentar será submetido a exame de teste delito e encaminhado para um presídio. O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, garantiu que não foi consultado sobre vaga em dos estabelecimentos penais o deputado será encaminhado.
No Supremo, nesta quinta-feira, a ministra acatou pedido da Polícia Federal para realizar novas diligências, mas o despacho segue em sigilo.