Durante cumprimento dos 10 mandados de busca e apreensão na Operação Tracker, deflagrada na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Federal prendeu o deputado federal Loester Trutis (PSL) após localizar arma de fogo sem registrado na residência do parlamentar. Ele é alvo de ação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
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Eleito na onda bolsonarista em 2018 com 56.339 votos, Trutis é investigado por simular o atentado no dia 16 de fevereiro deste ano. Na ocasião, o veículo do parlamentar foi atingido por nove tiros de submetralhadora. No entanto, além de revidar com uma pistola 380, o pesselista e o motorista saíram ileso.
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A investigação segue em sigilo e houve conflito de competência sobre a condução do inquérito, no STF ou na 5ª Vara Federal de Campo Grande. Como o parlamentar se tornou um dos alvos da investigação, o inquérito passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e outro em Brasília (DF). “O nome da Operação Policial faz referência ao intenso trabalho investigativo realizado pela Polícia Federal em busca de provas para a completa elucidação dos fatos e identificação e dos autores”, informou a assessoria da corporação.
Na manhã de hoje, conforme apurações extraoficiais pelo O Jacaré, os policiais encontraram arma de fogo irregular e conduziram o deputado para a delegacia. Ele deve pagar fiança e ser liberado.
Polêmico por não ter papas na língua nem medo de criticar adversários, Trutis tem o hábito de postar fogos com armas de fogo de diversos calibres nas redes sociais. Nas eleições deste ano, ele tentou ser candidato a prefeito da Capital, mas acabou sendo derrotado na convenção pelo vereador Vinícius Siqueira (PSL).
O Jacaré procurou o advogado do parlamentar, mas ele não atendeu as ligações até a publicação desta reportagem.
No ano passado, o deputado ganhou notoriedade nacional ao oferecer R$ 200 mil para quem desse informações sobre os supostos mandantes do atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Juiz de Fora em 2018. Ele nunca acreditou na investigação feita pela PF, de que Adélio Bispo agiu sozinho e sofria de transtornos mentais.