O consumidor de Mato Grosso do Sul começou a sentir no bolso o aumento de 20% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina, aprovado no final do ano passado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A alíquota de 30% fez Campo Grande pagar o 3º preço mais caro pelo combustível entre as 27 capitais. Antes do aumento de impostos tucano, a Capital tinha o menor preço no País.
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O aumento no tributo começou a ser passado lentamente ao consumidor sul-mato-grossense. Em fevereiro deste ano, quando a alíquota passou de 25% para 30%, o Governo do Estado fez pressão sobre os empresários, inclusive ameaçando abrir inquérito e multa-los por meio do Procon e da Delegacia de Polícia do Consumidor.
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De acordo com pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o litro da gasolina comum teve aumento de 10,9% nos últimos 12 meses na Capital, passando de R$ 4,064 para R$ 4,511. Este valor é o 8º maior no País. Em relação ao menor valor praticado no Macapá (AM), de R$ 3,664, o campo-grandense está pagando 23% mais caro.
No entanto, o impacto é muito maior. O maior preço praticado em Campo Grande está em R$ 4,899. Sem considerar o valor remarcado nesta semana, este preço é o 3º maior do País, só ficando atrás do Rio de Janeiro (RJ) e de Rio Branco, com R$ 5,19, e de São Paulo e Goiânia (GO), com R$ 4,99. Maceió (AL) e Palmas (TO) praticam o mesmo valor da Capital sul-mato-grossense.
Antes do aumento de tributos pelo Governo do PSDB, o valor da gasolina pago pelo campo-grandense sempre figurava entre os cinco menores do País. Já houve caso em que o preço era o segundo menor.
No Estado, o valor médio é de R$ 4,511, segundo a ANP, e é o 7º mais caro entre as 27 unidades da federação. Já o maior preço, de R$ 4,899, fica em 5º lugar no ranking nacional.
O aumento de tributos foi aprovado pela Assembleia Legislativa em sessão polêmica e marcada por protestos de produtores rurais e empresários. Aos gritos de vagabundos, 14 deputados estaduais aprovaram o pacote, que também elevou em 71% a alíquota do Fundersul sobre o agronegócio e manteve o aumento de 50% no ITCD.
Agora, no domingo, o eleitor poderá mostrar a sua satisfação com a medida e ao votar nos candidatos dos partidos que aprovaram o aumento de 20% no tributo sobre a gasolina. Só não vai poder culpar os políticos pelo preço dos combustíveis, que acabam refletindo em toda a cadeia, inclusive nos produtos da cesta básica, que continuam subindo todo dia.